terça-feira, 27 de novembro de 2012

Guaraná Antarctica lança primeira PET feita com 100% de PET reciclada


Investindo em ações para melhorar a qualidade de vida dos seus consumidores, Guaraná Antarctica lança neste mês a primeira embalagem PET 100% reciclada do Brasil. A tecnologia empregada na fabricação da nova garrafa permite que qualquer outra embalagem PET, independente de cor, formato ou fabricante, se transforme em uma garrafa de Guaraná Antarctica. A inovação, que deve impactar toda a cadeia de reciclagem do país, retira do meio-ambiente um equivalente a 30m3 de material descartado em aterro sanitário para cada cinco toneladas de PET reciclada.
Para o gerente de marketing de Guaraná Antarctica, Thiago Guedes Hackradt, a marca investiu exatamente nesse formato para um projeto de sustentabilidade focado em reciclagem porque acredita que o melhor destino para uma garrafa PET é se transformar em uma nova garrafa PET. "Além de 100% reciclada, a nova garrafa de Guaraná Antarctica é feita com embalagens de origens distintas, característica presente no DNA do povo brasileiro, que é fruto de uma miscigenação de culturas e origens. Essa decisão reforça ainda mais a brasilidade da marca", completa o gerente.
Esta iniciativa está alinhada ao Ambev Recicla, que reúne um conjunto de iniciativas para promover o aumento da reciclagem do país, a redução de uso de matéria prima e a educação dos consumidores. Estas ações beneficiam toda a cadeia de produção - consumidores, cooperativas, sociedade e meio ambiente - e estão apoiadas em cinco eixos: educação ambiental, apoio a cooperativas, pontos de coletas seletivas, fomento ao movimento de reciclagem e desenvolvimento de embalagens sustentáveis.
O plano é expandir a iniciativa, chegando a 20% de embalagens de 2 litros de Guaraná Antarctica até o final de 2013. Hoje, ela já está presente em 12% delas, o equivalente a mais de 28 milhões de garrafas ou 56 milhões de litros da bebida. Até o final de 2012, esse número deve subir para 40 milhões de garrafas.
Impacto Ambiental

Produzida nas fábricas da Ambev localizadas em Nova Rio (RJ), Curitibana (PR) e Sapucaia (RS), a embalagem PET 100% reciclada deve consumir 70% menos energia elétrica em relação à produção do material virgem, além de diminuir 20% o consumo de água (dados informados pela Brasil Pet). Outras contribuições do projeto são a economia de petróleo utilizada nesse processo e uma redução anual de material de embalagem em 1,3 milhão de Kg.

Segundo o 8º Censo da reciclagem do PET no Brasil, realizado pela ABIPET ? Associação Brasileira da Indústria do PET - são recicladas, atualmente, 294 toneladas de material PET, o equivalente a 57,1% de todo o material virgem produzido. Desse total, apenas 18% são utilizados em embalagens recicladas. Só em 2012, Guaraná Antarctica deve retirar mais de 60 milhões de embalagens das ruas, número que deve crescer nos próximos anos.
"Essa nova aplicação do PET 100% reciclado pós-consumo representará um importante impulso para a reciclagem no país", destaca Ricardo Rolim, diretor de relações socioambientais da Ambev. "A iniciativa tem potencial considerável para aumentar o índice de reaproveitamento de garrafas PET, impactando toda a cadeia de reciclagem no Brasil. A necessidade de matéria-prima estimula as cooperativas de catadores gerando, assim, um incentivo natural da sociedade para o descarte correto do material", reforça o diretor.
As novas embalagens de Guaraná Antarctica estarão disponíveis nos principais pontos de vendas da região Sul e nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com expansão prevista para todo o país até o final de 2014

Fonte: Revista Meio Ambiente Industrial http://rmai.com.br/v4/Read/1412/guarana-antarctica-lanca-primeira-pet-feita-com-100-de-pet-reciclada.aspx

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

‘Privada do futuro’ paga por Bill Gates estará à venda em 2015, prevê criador


Muito Interessante!!



Na busca por uma solução para os problemas sanitários do mundo, o fundador da Microsoft, Bill Gates, decidiu inovar: lançou um concurso entre oito universidades internacionais para que elas criassem novos modelos de vasos sanitários baratos e sustentáveis.
O projeto vencedor, criado por uma equipe de cientistas do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia, na tradução do inglês), deve estar pronto para ser usado pelo público e comercializado daqui a 30 meses, em fevereiro de 2015, disse ao G1 o autor do projeto, o professor de engenharia Michael Hoffmann.
A “privada do futuro” é autossuficiente e movida a energia solar, afirma Hoffmann. Formada por sete pesquisadores (todos PhDs, segundo o professor), a equipe da Caltech montou o projeto dentro da cúpula do terraço de um laboratório da faculdade.
Três protótipos foram criados: uma privada comum, um mictório e uma fossa. Os vasos sanitários foram instalados em um patamar mais alto, enquanto um tanque abaixo faz as reações químicas que vão oxidar as “necessidades”.
A energia solar é utilizada para uma reação que transforma as fezes em fertilizantes e gás hidrogênio, de acordo com Hoffmann. O gás alimenta baterias que podem ter várias finalidades, inclusive dar energia extra ao vaso sanitário durante à noite e em dias nublados, segundo os autores do projeto.
As privadas “operam em um sistema fechado, em que a água passa por um sistema de reciclagem interna para ser totalmente reaproveitada”, ressalta o pesquisador. Além de servir para o vaso sanitário, a água sai pronta para ser direcionada para irrigação, por exemplo.
Hoffmann ressaltou que o sistema está sendo desenvolvido há anos pensando nos países mais pobres, onde o acesso ao saneamento é muito baixo
“O vaso é independente de infraestrutura urbana, como rede elétrica, e de sistemas subterrâneos de recolhimento de esgoto”, disse ele em um vídeo da Caltech que explica a “privada do futuro”.
Hoffmann disse ao G1 que o projeto vai ser incorporado às teses de PhD de seus alunos. “Ainda houve pesquisas laboratoriais fundamentais que fizemos para provar que o sistema funciona”, disse. A equipe contou com apoio de outros cientistas e alunos da Caltech no projeto.

Fonte: Globo Natureza



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Reforma 'verde' vai mudar data center da empresa Apple

Símbolo da Apple

Em maio, a Apple anunciou que seu principal centro de processamento de dados nos Estados Unidos será totalmente reformulado. Com isso, ele passará a funcionar com 100% de energia limpa até o final de 2012.

A promessa da empresa de Steve Jobs sobre o data center de Maiden, na Carolina do Norte, foi feita exatamente um mês depois da Apple aparecer ao lado da Microsoft e da Amazon em um relatório do Greenpeace. O ranking "How Clean is your cloud?" (O quão limpa é a sua nuvem) indicou que mais da metade da energia que alimenta a nuvem da Apple tem origem em fontes de energia consideradas sujas.
Isso significa que boa parte da energia responsável por fazer o data center funcionar durante 24 horas por dia não é renovável. O carvão, por exemplo, é uma das fontes mais usadas atualmente nas centrais da Apple. O problema é que ele é considerado um dos grandes vilões do aquecimento global porque emite uma grande quantidade de gases efeito estufa.

Segundo Pedro Torres, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, o objetivo da ONG foi apontar as 15 maiores empresas do setor de TI e expor publicamente o uso de energia suja, como carvão e energia nuclear, dessas companhias como forma de pedir para que elas mudem sua matriz energética para fontes limpas. "O Greenpeace acredita no poder e na condição das empresas de se abastecer com energia renovável porque não se tratam de empresas de pequeno porte", explica Torres.

Para elaborar o ranking que aponta a Apple, a Amazon e a Microsoft com as empresas de TI que mais usam fontes sujas em seus data centers, o Greenpeace analisou os relatórios de sustentabilidade e de demanda energética gerados pelas empresas. "Ao verificar a quantidade de energia que cada data center e cada uma dessas companhias gasta no local, você consegue identificar de onde ela tira a energia", explica Torres.

Agora, a Apple iniciou um processo para minimizar as preocupações ambientais com a rápida expansão de centrais de servidores. Segundo a empresa, até o final deste ano, 60% de toda a demanda de energia do seu data center em Maiden será suprida pela geração local de eletricidade.

Para atingir a meta, uma usina solar ao lado das instalações do data center será construída. Também haverá uma central de células de combustível a biogás. Logo, serão duas centrais de energia solar na região, com uma capacidade de fornecer até 84 milhões de kWh de energia anualmente.

Segundo a Apple, a união dessa usina solar com a central de células de combustível e biogás vai tornar o data center em Maiden o mais sustentável já construído por se tratar de uma escala de produção local de energia renovável que nenhuma outra empresa conseguiu até hoje.

Os 40% restantes dessa demanda de energia serão supridos pela compra de eletricidade da rede que tenha origem em fontes limpas próximas ou regionais. Por isso, a Apple fechou uma parceria com uma organização sem fins lucrativos, a NC Green Power. Dessa forma, a empresa pretende estimular o aumento da produção local de energia renovável em todo o estado da Carolina do Norte.

Diante dessa conquista, Torres conta que o Greenpeace ficou muito contente com a iniciativa da Apple. Para Torres, a esperança é que, com isso, a Apple, uma das maiores empresas da área de TI, consiga mostrar a importância do uso de energia limpa e influencie outras empresas do setor.

O Greenpeace acredita que ao solucionar esse problema ambiental, a Apple se torna capaz de atrair mais consumidores, que estão preocupados com a sustentabilidade e que consideram esse fator na hora de comprar seus produtos.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

GiraDora - Uma máquina de lavar movida a força humana


Este projeto  muito interessante foi elaborado pelo Art Center College Design e o equipamento ainda está em teste mas parece ser muito benéfico para famílias que moram em locais afastados e não possuem acesso a máquinas de lavar roupa.

Benefícios da GiraDora

Tempo e Economia de Água: GiraDora é mais eficiente e economiza tempo do usuário. Ao esfregar cada roupa individualmente, a lavagem pode levar cerca de 5 horas. Com GiraDora, as mulheres são capazes de completar  a lavagem em pouco tempo agitando-os simultaneamente em um sistema parecido com uma máquina de lavar roupa.

Reduz dores nas costas: A operação de GiraDora é muito mais confortável do que a prática das mulheres, de cócoras sobre bacias no chão.


Reduz a incidência de lesão no pulso: GiraDora também alivia as tensões sobre as mãos e pulsos.

Melhora a saúde respiratória no Inverno: roupas úmidas que levam até 3 semanas para secar no inverno - podem causar muitos problemas respiratórios em crianças, incluindo a asma. GiraDora trabalha como uma centrífuga, eliminando a umidade da roupa, reduzindo drasticamente os tempos de secagem em um varal, dificultando o crescimento de fungos.

Melhora o conforto: GiraDora elimina a necessidade das mãos em contato com a água fria, que causa doenças de pele e muito desconforto no inverno. Permite que as mulheres lavem roupa dentro de casa em tempo frio ou chuvoso.


Para maiores informações acessem o site: http://www.dellchallenge.org/projects/giradora-safe-agua

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Moradores do Alemão trocam material reciclável por livro

Estante de biblioteca repleta de livros antigos

Pela primeira vez, moradores do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade, podem trocar materiais recicláveis por conhecimento. Isto é possível em uma feira ecológica que ocorreu na comunidade e permitiu a doação de garrafas PET e latinhas de alumínio em troca de livros.

Promovida pela Secretaria Estadual do Ambiente do RJ, o objetivo da ação é incentivar a leitura e alertar a população sobre a importância da preservação ambiental. Segundo a superintendente de Território e Cidadania da secretaria, Ingrid Gerolimich, a estimativa é distribuir 2,5 mil livros de diversos gêneros literários e educacionais até o fim do evento, às 17h. O evento tem ainda exposições e oficinas de artesanato.

Ingrid Gerolimich ressaltou que não só os estudantes do projeto Fábrica Verde, como toda a comunidade, podem participar da feira ecológica. Implementado no Complexo do Alemão em outubro do ano passado, o projeto permite a alunos transformar lixo eletrônico em computadores novos. “A gente tenta trabalhar a formação humana como um todo. A gente entendeu que esta iniciativa é importante, não só para os alunos da Fábrica Verde, mas para a comunidade do Alemão como um todo”, disse.

A superintendente contou que a feira, iniciada por um grupo de moradores do Complexo da Maré pertencentes ao projeto Livraria Ecológica do Brasil, deve ser disseminada para outras comunidades pacificadas. “É importante porque eles [os participantes] levam daqui e vão falar sobre esta feira, sobre esta ação com os familiares e amigos. Então, a ideia vai crescendo e com isso a gente consegue alguns bons resultados”, completou.

De acordo com o coordenador do projeto Livraria Ecológica do Brasil, que apoia a iniciativa no Complexo do Alemão, Demésio Batista da Silva, o próximo passo é montar uma biblioteca, com cinco a seis mil livros. “O primeiro passo foi este, fazer esta feira do livro para atrair as pessoas e incentivar a leitura. O objetivo principal deste evento é captar leitores para a gente montar a biblioteca, além de estar incentivando a preservação do meio ambiente.”

Fonte: http://www.mundosustentavel.com.br/

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Empresa promove reutilização de caixas de papelão

Muitas empresas usam caixas de papelão para transporte de objetos, mas nem sempre o papelão precisaria ser descartado depois do uso. Momentos como mudanças, transporte de produtos entre filiais, armazenagem interna, pinturas e reformas, por exemplo, não exigem a utilização de caixas novas.

Assim, surgiu em meados da década de 70 a empresa Caixa de Papelão Deise. Segundo Alexandre Padilha, diretor da empresa, a história começou com seu pai, que organizava o serviço de reutilização de caixas de madeira no transporte de frutas e legumes no Mercado Municipal de São Paulo. Com o tempo, começaram a surgir as caixas de papelão, que também começaram a ser reutilizadas.
“Primeiramente foram caixas de frutas e legumes e logo apareceram alguns clientes de outras atividades como: pequenos comércios de diversos segmentos, confecções de roupas e similares, pequenas indústrias, etc”, explica Alexandre.

Quando Alexandre assumiu a gerência da empresa, colocou em prática a visão ambiental e multiplicou o comércio das caixas já utilizadas.

“Utilizando uma caixa seminova (remanufaturada ou reutilizada) deixa-se de usar não somente uma caixa nova (papel novo) mas poupa-se água, energia, e ainda deixa de usar cloro e soda caustica, produtos utilizados na reciclagem de papelão”, acrescenta Alexandre.


Para serem reutilizadas, caixas passam pelo processo de inversão, deixando as marcas na parte interna.
Depois de chegarem na empresa, as caixas passam por um processo de análise, em que são descartadas aquelas que não podem ser reutilizadas (apenas duas a cada 1000 caixas em média). Outras precisam ainda passar por pequenos reparos para serem reinseridas no mercado. As que não são reutilizadas são encaminhadas para reciclagem. Além disso, as caixas podem ser reutilizadas mais de uma vez, dependendo do material usado na fabricação.



Para maiores informações acessem o site: http://www.caixadepapelaodeise.com.br/

Fonte: site Atitude Sustentável: http://atitudesustentavel.uol.com.br/

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Bueiros com chip ajudam a impedir enchentes

Uma das maiores causas de enchentes é a concentração de resíduos nas ruas, que entopem bueiros e não permitem o escoamento da água. Além disso, esses resíduos provocam a poluição de rios. Pensando nisso, a empresa Ecco Sustentável desenvolveu um modelo de bueiro diferente.



Com uma espécie de cesto que armazena os resíduos, o bueiro conta ainda com um chip, que manda informações para um sistema quando chega a 80% da capacidade. Assim, o serviço de limpeza desses cestos podem ser feitos de maneira otimizada e eficiente.

O Ecco Filtro e o Ecco Gestor (software que indica o momento de limpeza dos cestos) já estão inclusive sendo testados em São Paulo. “ O Ecco Gestor é de grande utilidade pública, um software que gerencia em tempo real e com eficiência todos os materiais retidos e retirados dos bueiros, controlando o envio para reciclagem, o que torna a solução sustentável”, diz Carlos Chiaradia, diretor da Ecco Sustentável.

Segundo um dos testes realizados, a limpeza de um bueiro que utiliza o Ecco Filtro foi de 5 minutos e 48 segundos, enquanto a de um bueiro convencional foi de 57 minutos e 30 segundos.

O custo de um Ecco Filtro é de R$ 280,00 a R$ 330,00 (já com instalação). Fora a limpeza, o produto não exige nenhum outro tipo de manutenção.

Se interessou???
Para maiores informações acessem o site da empresa: http://www.eccosustentavel.com.br/

Fonte: site Atitude sustentável

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Felinos que não conseguem viver na natureza têm abrigo em fazenda


Uma fazenda, em Goiás, virou um refúgio para os felinos que não conseguem mais sobreviver sozinhos na natureza. A propriedade, que fica em Corumbá de Goiás, a 170 Km de Goiânia, as onças moram em redutos para parecerem o máximo possível com o habitat natural.

Quem cuida dos bichos também trabalha para incentivar o instinto caçador. Eles escondem a carne para ser procurada e conquistada pelo animal. Entre as oito espécies que vivem no lugar estão a suçuarana, a jaguatirica, a pantera e a pintada.

O Projeto Não Extinção cuida de 28 onças, algo que não é fácil nem barato. São necessários de 45 a 50 quilos de carne por dia, além de leite e ração para os filhotes. “Durante muito tempo era por conta dos donos. Hoje, a gente tem parcerias que possibilitam o nosso crescimento”, diz Rogério Silva de Jesus, gerente da fazenda.

Tudo começou há 11 anos, com a chegada do Pacato, que viveu durante quatro anos em uma gaiola apertada. Aos poucos, o animal se sentiu solitário. Então, os voluntários do projeto pensaram em encontrar uma fêmea. Foi quando a Xuxa chegou à fazenda. “Mas a fêmea era um macho. Esse é um problema raro em felinos, que os testículos não ficam expostos”, explica Jesus.
Para resolver o problema, os voluntários tiveram de encontrar duas fêmeas. Assim, aos poucos a quantidade de onças foi aumentando na propriedade.

Na fazenda há um abrigo construído especificamente para o filhote de onça que chegou ao lugar com comportamento agressivo e que queria caçar a própria comida. Isso significa que o animal tem chance de sobreviver sozinho. Se tudo der certo, após a fase de teste ele poderá ser reintroduzido na natureza.

O Ferinha vive isolado, no meio da mata, em um abrigo de mais de mil metros quadrados, onde caça a própria comido e quase não tem contato com humanos. “A gente vai começar a introduzir pequenas presas e observar o comportamento dele. Se ele conseguir pegar com facilidade os seus bichos, a gente vai tentar reintroduzi-lo”, explica Jesus.

Fonte: G1

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cidade sem Água Engarrafada



A cidade australiana de Bundanoon decidiu, por conta própria, proibir a venda de água engarrafada dentro do território da cidade.
A comunidade tem se preocupado com os impactos ambientais e financeiros causados pela produção, consumo e descarte das garrafas de água.
Na Austrália o consumo anual é de cerca de 600 milhões de litros, o que gera cerca de 60 mil toneladas de emissões de gases de efeito estufa.
A população de Bundanoon votou em julho de 2009 para que a cidade se tornasse a primeira da Austrália a proibir o comércio de garrafas de água descartáveis em seus pontos de venda. O banimento da água engarrafada tinha como foco o protesto contra grandes empresas, que extraiam as águas do aquífero da cidade. Essa medida passou a ser adotada, então, em setembro do mesmo ano.
Como parte da iniciativa, a cidade instalou diversos equipamentos chamados Arqua systems, doados pela Street Furniture Australia, para disponibilizar aos residentes e visitantes o acesso gratuito à água de alta qualidade, por bicos para beber diretamente e para reenchimento de contêineres.
A experiência de Bundanoon foi muito bem recebida pela comunidade e pode servir de modelo para outras comunidades, escolas, campus universitários, empresas e conselhos locais.

Para maiores informações sobre o projeto acessem: http://www.bundyontap.com.au/

Fonte: http://www.cidadessustentaveis.org.br/boas_praticas/exibir/64

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sistema de compartilhamento de carros em SP

A Zazcar, empresa de compartilhamento de carros, já conta com uma frota de 60 carros disponíveis na cidade de São Paulo, espalhados em mais de 40 pontos diferentes. A média do sistema é que para cada automóvel compartilhado, cerca de 13 carros deixem de circular na cidade.
O sistema funciona da seguinte maneira: o usuário deve fazer um cadastro prévio, no próprio site da empresa, e escolher um plano de pagamento. Com isso, já se pode fazer a reserva do carro desejado no horário desejado. Em seguida, é só pegar o carro nos postos e usar. O pagamento é efetuado mensalmente, de acordo com o plano escolhido.
Segundo Felipe Campos Barroso, presidente e fundador da empresa, 23% dos clientes da empresa venderam seus carros depois de aderir ao serviço. Diz ainda que, dessa maneira, a escolha do veículo a ser usado para cada atividade é mais consciente. Como exemplo, diz que as pessoas deixam de fazer trajetos pequenos, como ir à panificadora, de carro, mas fazem isso à pé. Outros percursos são feitos com o transporte público, e outros são feitos com os carros compartilhados.
Os estacionamentos onde estão os carros (todos 24h) são escolhidos de acordo com a demanda por carros, e ficam localizados perto de estações de metrô ou terminais de ônibus, facilitando assim uma possível conexão entre os modais. Além disso, a empresa fornece diferentes automóveis, que atendem diferentes demandas por parte dos clientes.
Ainda para Felipe, uma das grandes vantagens é não ter que se preocupar com pagamento de IPVA e seguro ou com a manutenção do veículo.
Para obter mais informações sobre a Zazcar, acesse o site da empresa: http://zazcar.com.br/inicio

Fonte: http://atitudesustentavel.uol.com.br/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Lançado carregador de celulares que usa energia de bicicletas


Que tal carregar o seu celular enquanto pedala em sua bicicleta? Essa é a proposta deste aparelho lançado pela Nokia, que une a mobilidade e energia gerada pelas bikes aos carregadores de bateria para celulares. A empresa percebeu que um processo de geração de energia poderia melhorar a vida de quem quer dar as suas pedaladas, mas manter o contato com o resto do mundo.


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O processo é simples: basta pedalar que o dínamo entra em contato com o pneu e gera energia suficiente para recarregar as baterias do telefone. O dínamo é um pequeno aparelho constituído por um eixo móvel, um imã e uma bobina. É o movimento de rotação da roda, ou da correia, que transfere energia para o eixo do dínamo, gerando eletricidade.

Quem é dos tempos em que os faróis eram acessórios indispensáveis nas bicicletas, deve lembrar que era esse processo de geração de energia que alimentava a iluminação das bikes. O aparelho lançado promete transformar o tempo do carregador ligado na tomada em pedaladas, já que o recarregador começa a funcionar a partir de 6km/h e vai até 50km/h.

“As bicicletas são o meio mais comum de transporte em muitos mercados ao redor do mundo, este é apenas mais um benefício a ser obtido a partir de uma atividade que as pessoas já estão fazendo”, disse Alex Lambeek, vice-presidente da Nokia em um comunicado no lançamento do produto. A empresa tem como público alvo os países que tem a bicicleta como um meio de transporte comum, entre as regiões estão países da África, Europa, além da China e Índia.
Também estão inclusos no kit um suporte para fixar o telefone na bicicleta e o dínamo gerador de energia. A bicicleta e as pedaladas ficam por sua conta.

Fonte: http://eco4planet.com/


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Americana (SP) transforma monitor de computador velho em cama para gatos


Funcionários envolvidos no Programa Municipal Bem-Estar Animal do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Americana (125 km de São Paulo) encontraram uma maneira sustentável de proporcionar bem-estar aos 80 gatos que vivem no local. A ideia de transformar monitores de computadores velhos em camas para os bichanos deu certo e foi reconhecida internacionalmente pela Sociedade Americana para Prevenção da Crueldade contra Animais (Aspca), localizada nos Estados Unidos.

Além do bem-estar dos felinos, o projeto foi motivado pela questão ambiental. Para Fernando Vicente Ferreira, coordenador do setor, a iniciativa reforça os cuidados com o meio ambiente, favorecendo a sociedade e os animais. “A reciclagem dos monitores diminui a quantidade de lixo eletrônico que ocupa muito espaço e pode ser perigoso se não tiver o destino correto. O interessante é que o processo de confecção é muito simples e pode ser feito por qualquer pessoa”, disse.

Após retirar toda a parte interna eletrônica do aparelho, a caixa tubular passa por uma reforma que leva apenas duas horas. Depois de receber cores e desenhos, são transformadas em camas para os bichanos. “Os tubos passaram por adequações e foram forrados com almofadas para garantir conforto e comodidade aos felinos. Quarenta monitores já foram reciclados pela equipe do CCZ”, informou Ferreira.

Segundo a veterinária Aneli Marques Neves, que idealizou o projeto, o prêmio, apesar de simbólico, é o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo programa. “Nossas ações têm sido voltadas para a busca da melhora do bem-estar dos animais que habitam no CCZ, mesmo que seja por meio de soluções alternativas e criativas que não demandem a aplicação de grandes recursos. São mudanças pequenas, mas capazes de melhorar a qualidade de vida deles”, disse.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Tripoli e Kassab anunciam o primeiro hospital público para cães e gatos

Concretizando uma antiga demanda do movimento de proteção animal e do vereador Roberto Tripoli (PV), o Prefeito Gilberto Kassab assinou protocolo com a Anclivepa-SP (Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – São Paulo) visando a implantação do primeiro hospital público de cães e gatos na cidade, em solenidade realizada no Centro de Controle de Zoonoses, na manhã de 23 de maio de 2012.

 O vereador Tripoli conseguiu 10 milhões de Reais no orçamento de 2012 para a implantação do hospital público e vem lutando nos últimos meses para concretizar essa fundamental conquista.

Tripoli emocionou-se no evento, ao afirmar que “humanos e animais tem os mesmos sentimentos e dores, diferindo somente na forma de se comunicar e merece respaldo e cuidados, inclusive do poder público, com atendimento veterinário gratuito”. O vereador agradeceu ainda à sensibilidade do prefeito Kassab de ousar e lançar esse serviço hospitalar pioneiro no país.

O secretário de Saúde Januário Montone anunciou o lançamento da Coordenadoria Especial de Proteção aos Animais que terá orçamento proveniente de verbas municipais, e não do SUS. Lembrou que 20% do orçamento municipal são destinados à área da Saúde e portanto os programas envolvendo animais domésticos serão financiados com recursos municipais.

Outra notícia muito esperada foi anunciada por Montone: ainda este ano serão retomadas as obras do Núcleo de Bem-Estar Animal que vem sendo construído no terreno do CCZ, paralisadas quando a empresa vencedora da concorrência abandonou o serviço ano passado.

Montone confessou ter uma esperança: de convencer a população de que a guarda responsável de cães e gatos é uma questão de cidadania, lembrando que não tem mais cabimento a cidade assistir ao abandono.

Texto: Regina Macedo, jornalista ambiental

terça-feira, 24 de abril de 2012

Festa Animal SOS - Torto Bar

Galera, Segue divulgação da Festa que vai rolar no Torto Bar em Santos no próximo dia 25/04 em prol dos animais. Caso não estejam a fim de curtir uma balada em plena 4. feira, só basta passar lá e doar um pacote de ração para os pequeninos abandonados. Ótima oportunidade de alinhar diversão com boa ação!! bjs a todos da Tatinha

sexta-feira, 30 de março de 2012

Hora do Planeta acontecerá no próximo sábado


A Hora do Planeta de 2012 acontecerá no próximo sábado (31), das 20:30h às 21:30h, em todo o mundo. A organização internacional WWF, que promove o evento, confirmou na quinta-feira (29) a participação de 129 cidades brasileiras na mobilização. Além disto, foram confirmados que mais de 448 monumentos, de Norte a Sul do país, também apagarão suas luzes no sábado.

De acordo com o comitê organizador, 23 capitais estão mobilizadas para a Hora do Planeta, número superior ao ano passado, que fechou em vinte capitais participantes. Entre as cem cidades brasileiras, 20 estão participando pela primeira vez – incluindo duas capitais nortistas, Porto Velho (RO) e Macapá (AP). Outras grandes cidades que confirmaram sua participação nos últimos dias foram Recife (PE), Belém (PA), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Foz do Iguaçu (PR).

Até agora, 259 grupos empresariais confirmaram participação na mobilização de sábado. Entre eles, estão a McDonald’s, Grupo Mafre, Submarino (o site de compras), Coca-Cola, Rede Meliá, Rede de Hoteis Sheraton, a empresa de telefonia Vivo, a farmacêutica Boehringer, além das duas empresas patrocinadoras do evento, a TIM e o Pão de Açúcar.

Participe da Hora do Planeta! Apague as luzes da sua casa de 20h30 às 21h30 no próximo sábado (31).

Fonte: Amda

Um evento como este é de grande valia para chamar a atenção da população quanto aos problemas ambientais que o planeta vem enfrentando, porém as atitudes diárias que fazem toda a diferença!

Evite usar aparelhos nos horários de pico do sistema elétrico (das 17 às 22 horas);

Tire os aparelhos eletrônicos da tomada quando estão fora de uso;

Não deixe a porta aberta da geladeira por muito tempo; degele e limpe-a constantemente; não coloque alimentos ainda quentes;

Evite acender lâmpadas durante o dia. Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes;

Quando comprar equipamentos, leve em consideração o consumo de energia elétrica, orientando-se pelo selo Procel.

Faça sua parte!!!

segunda-feira, 26 de março de 2012

ONG mostrará exemplos de práticas sustentáveis adotadas em favelas cariocas durante evento paralelo à Rio+20

Cultivo de hortas orgânicas,
Mobilização comunitária para realização de eventos
Fortalecimento do comércio local
Utilização de transportes coletivos e de bicicletas.

Esses e outros exemplos de práticas sustentáveis encontradas em favelas cariocas serão apresentados em um vídeo que está sendo produzido pela organização não governamental (ONG) Comunidades Catalisadoras (Comcat). As imagens serão exibidas durante a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorrerá em junho, no Rio de Janeiro.

A Comcat é uma organização sediada na capital fluminense que trabalha para dar visibilidade às soluções comunitárias, promovendo treinamento de agentes sociais em comunicação e estratégia.

De acordo com a filósofa Roseli Franco, diretora de redes da Comcat, o objetivo da iniciativa, intitulada Favela como Modelo Sustentável, é despertar um processo de conscientização sobre os valores positivos das favelas e compartilhar com toda a sociedade formas de se preservar o meio ambiente em ações cotidianas. Ela ressaltou que a maior parte dessas boas práticas de sustentabilidade surge nas favelas de forma orgânica, devido às necessidades dos moradores.

“O Rio de Janeiro é a cidade com o maior número de pessoas morando em favelas, pouco mais de 1,3 milhão de habitantes, cerca de 22% da população total. Essas pessoas são, em sua grande maioria, os trabalhadores que fazem a cidade funcionar ao prestarem inúmeros serviços essenciais. São não apenas as empregadas domésticas, mas também os motoristas dos ônibus, os office boys dos bancos, entre muitos outros”, destacou.

Para Roseli Franco “já não é aceitável” que quase 1/4 da população carioca continue vivendo “sob o estigma de favelado”. “Esta percepção alimenta uma mentalidade antidemocrática, limitada e limitante que não considera todos os habitantes da cidade cidadãos plenos”, acrescentou.

A diretora de redes da Comcat informou ainda que um outro vídeo está sendo produzido para ser apresentado durante a Cúpula dos Povos, o Favela Faz Parte. Nesse projeto serão apresentadas carências na área de urbanização que impedem que as favelas se tornem, efetivamente, bairros sustentáveis.

“O objetivo é também cobrar dos governos uma intervenção maior nesses territórios que fazem parte da cidade”, explicou.

Os vídeos serão roteirizados e produzidos pela equipe da Comcat em conjunto com as lideranças comunitárias. Para selecionar as práticas que serão apresentadas, a ONG está recebendo sugestões de imagens enviadas por representantes e moradores das favelas cariocas.

Fonte: Thais Leitão/ Agência Brasil

Para maiores informações acessem: http://www.catcomm.org/pt/

sexta-feira, 16 de março de 2012

Indústria brasileira recicla 320 mil toneladas de pneus em 2011


As indústrias brasileiras produtoras de pneumáticos destinaram de forma ambientalmente correta, no ano de 2011, 320 mil toneladas de pneus inservíveis (que não têm mais condições de serem utilizados para circulação ou reformados), quantia que equivale a 64 milhões de unidades de pneus de carros de passeio. Os dados são da Reciclanip, entidade que reúne as empresas do setor e cuida da coleta e destinação desse material.

Desde 1999, quando entrou em vigor no Brasil a resolução número 258 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que obriga as empresas fabricantes e importadoras de pneus a coletar e dar destinação final adequada aos inservíveis, a Reciclanip já enviou para reciclagem 1,86 milhão de toneladas de material, equivalentes a 373 milhões de pneus de passeio. Todas estas destinações são aprovadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo a Reciclanip, a quantidade de material coletado no ano passado representa a retirada de resíduos do ambiente em volume igual ao que foi colocado no mercado em forma de pneus novos.

A entidade tem 726 postos de coleta em todos os estados do país e no Distrito Federal e qualquer pessoa pode entregar neles seus pneus usados.

Para saber onde estão os postos de coleta acesse www.reciclanip.com.br.

Fonte: Planeta Sustentável - http://bit.ly/w0hlrr

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ecofeminismo é colocar a vida no centro da organização social, política e econômica, afirma Vandana Shiva

Vandana Shiva é uma mulher multifacetada: física, filósofa, pacifista e feminista. É uma das pioneiras do movimento ecofeminista e diretora da Fundação para a Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Ecologia (Research Foundation for Science, Technology and Ecology, em inglês) em Nova Déli. Em 1993, recebeu o Prêmio Nobel Alternativo. É uma das vozes mais críticas contra a globalização e os alimentos manipulados geneticamente.

Para Vandana, “o ecofeminismo é colocar a vida no centro da organização social, política e econômica. As mulheres já a fazem porque é deixada para elas a tarefa do cuidado e da manutenção da vida.”. “O ecofeminismo, como seu nome indica, é a convergência da ecologia e do feminismo, explica didaticamente Vandana Shiva, que ficou famosa, nos anos 1970, ao impedir em seu país o corte indiscriminado das florestas, abraçando as árvores como milhares de mulheres, criando o movimento chipko.

Detentora de uma grande força vital e intelectual, Vandana explica a importância da ecologia e do feminismo para garantir a sobrevivência e a igualdade entre homens e mulheres que formam parte da mesma espécie. Essa mulher otimista foi capaz de mobilizar cinco milhões de camponeses da Índia contra a União Geral de Tarifas do Comércio e de colocar-se na liderança da grande mobilização contra a globalização na cúpula realizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em Seattle, no final de 1999.

“Penso que a ação e a reflexão devem caminhar juntas. Não existe uma ideologia perfeita, é simplesmente uma política de responsabilidade. A diversidade não é o problema, é a solução para as crises políticas da intolerância, as crises ecológicas da não sustentabilidade e as econômicas da exclusão e da injustiça”, segue afirmando com uma grande convicção.

Vandana acredita que o capitalismo tem sido apresentado como um modo de crescimento “mas na realidade é um modo de pobreza e de alguma forma a globalização é o clímax do capitalismo”, reflete Vandana em voz alta.

Grande comunicadora, sempre sorridente, ela afirma que vem de uma região do norte da Índia, aos pés do Himalaia, local em que há muitas coisas para os que não necessitam de dinheiro, só de amor mútuo. “Portanto, as relações são a alternativa ao capital. Criar relações é a alternativa para a pobreza que causa o capital”, conclui.

Autora de numerosos livros, e muito crítica com a consideração de seu país é uma potência emergente: “O modelo econômico da Índia é uma catástrofe porque só funciona para um punhado de pessoas, enquanto são milhões os que comem pouco e possuem pouca água”. E, frente à admiração pelo crescimento da economia indiana, que no ano passado foi de 9%, denuncia: “O que muitos consideram um milagre econômico é um desastre, sobretudo porque virou-se as costas para a natureza, aos seus processos ecológicos e aos ecossistemas vitais”.

Por trás de um colorido sári, que diz não pensar em renunciar nunca, já que para ela é um sinal de identidade, e “muito mais propício que um jeans”, Vandana Shiva é um furacão que sacode as consciências por onde passa. É capaz de enfrentar as grandes corporações internacionais, que ela acusa por criminalizar a agricultura, apropriar-se dos recursos básicos e espoliar a terra.

Mulher vital, valente, incansável em suas denúncias, é uma firme defensora da agricultura orgânica como a verdadeira solução para a mudança climática e acredita na necessidade urgente de se reflorestar o planeta.

Fica indignada ao falar de milhares de pessoas que comem pouco e que possuem pouca água para beber, “muitas comunidades se veem obrigadas a abandonarem suas terras para que outra fábrica possa instalar-se e milhares de agricultores estão lutando nos arredores de Nova Déli contra os projetos de conversão de suas terras de cultivo em áreas urbanas, destaca.

Vandana denuncia que a economia não leva em conta os números-chave, “como o número de crianças que sofrem desnutrição ou os quilômetros que uma mulher tem que andar para conseguir água”. Sente-se muito identificada com o líder Mahatma Gandhi quando afirmava que os recursos naturais devem ser de domínio público, razão pela qual a água não pode ser privatizada nem a terra monopolizada.

Esta filósofa, reconhecida mundialmente, considera que “a igualdade pode significar dois tipos de coisas, por um lado o parecer-se, ser similar, ou pode significar diversidade sem discriminação. Eu acredito nesta última definição. Quero ter a possibilidade de ser hindu, não quero converter-me numa europeia. Eu quero ser e quero espaço para ser hindu. Eu quero ser mulher, não quero tornar-me um homem, não quero poder ser violenta, como minha segunda natureza, não quero ser irresponsável, não quero assumir que outra pessoa tenha que arrumar a desordem que deixo, eu tenho que arrumar a desordem que creio”. Portanto, resume com firmeza, “eu quero a liberdade para ser diferente, mas não quero ser castigada por isso. Para mim isso é a igualdade”.

Lúcida, revolucionária, enérgica e carismática, é consciente das críticas e rejeição que suas opiniões despertam. Afirma que “o patriarcado capitalista dominante é uma ideologia baseada no medo e na insegurança. Medo de tudo o que está vivo, já que qualquer liberdade e autonomia são ameaçadoras para eles”. Por isso, defende com unhas e dentes seu ecofeminismo, “que é a filosofia da segurança, da paz, da confiança”.

Talvez um de seus posicionamentos mais duros seja contra o Banco Mundial, porque ele forçou o Governo da Índia a reduzir subsídios que possibilitavam o funcionamento na distribuição de alimentos. “Eles chamam de subsídios, mas na realidade eram suportes. É necessário gastar para manter os direitos fundamentais de nossa gente. E o Banco Mundial disse: ‘Não se pode gastar esse dinheiro para alimentar as pessoas’. E aí a crise alimentar”.

Em consequência dessa política, “as pessoas deixaram de comprar comida e começaram a morrer de fome. Estão a ponto de morrer de fome 50 milhões de pessoas, enquanto 60 milhões de toneladas de alimentos apodrecem nos celeiros. Entretanto, as 60 milhões de toneladas não são excedentes, eu as chamo de pseudo-excedentes e atualmente estão sendo exportados para o mercado mundial, dizendo que Índia possui tanto alimento que pode exportar. O que eles não dizem é que nós temos esse tanto de alimento porque as pessoas estão morrendo de fome”, explana com indignação.

Ela assegura que os hindus veem o que está acontecendo e protestam muito, seguem sonhando com uma biodiversidade livre, que pertença aos camponeses, em que a água seja acessível, como também a comida. “É muito simples criar o sistema”, considera de forma otimista Vandana, “mas está sendo impedido pelas políticas que nos governam em nível internacional e este é o motivo pelo qual, cada dia de minha vida, insisto que temos que parar de cooperar com essas políticas”.

Com o rosto nostálgico recorda-se de Gandhi, quando caminhou até a praia para buscar sal enquanto os britânicos diziam que eles eram os únicos que podiam fazer sal, “para assim terem mais dinheiro para financiar maiores exércitos para disparar-nos”, conclui com um sorriso irônico.

Fonte: Cetap - EcoAgência

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Bazar Recicle em Santos


Quer fazer compras ecologicamente corretas, por um preço camarada e ainda ajudar uma Associação??
Está com o armário lotado de roupas que não usa mais e quer liberar toda essa energia parada?

Se você respondeu sim para pelo menos uma das questões acima, corre para o Bazar Recicle.

Até o dia 3/2, você pode levar suas roupas e acessórios EM BOM ESTADO até a loja – e ganhar um voucher de 10% de desconto na nova coleção da Marina Menezes, como agradecimento.

Essas peças serão vendidas no dia 04/01, sábado, por um precinho bem camarada e toda a renda será revertida para a AssociaçãoPrato de Sopa Monsenhor Moreira.

Além disso, Érica Minchin estará por lá até as 17 horas ajudando todos a montar looks que favoreçam o tipo físico e o estilo, tirando dúvidas e dando outras dicas bacanas para quem quer sair por aí com uma imagem mais confiante.

A Marina Menezes fica na Rua Paraguai, 155 - Gonzaga.
Tel: (13) 3284-5949.

Para maiores informações acessem o site: http://www.ericaminchin.com/em_wpress/

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lembre-se: A partir de hoje, supermercados de SP não fornecerão sacolas de plástico

Pelo menos 80% dos supermercados do Estado de São Paulo deixarão de fornecer sacolas plásticas para seus clientes a partir desta quarta, 25. Caixas de papelão serão oferecidas pelas redes e podem ser solicitadas pelos consumidores. Além disso, também poderão ser adquiridas sacolas biodegradáveis compostáveis feitas de amido de milho e sacolas reutilizáveis. Ambas serão vendidas a preço de custo, por cerca de R$ 0,20.
Você também poderá utilizar como alternativa as famosas ecobags, carrinhos de feira etc.

A iniciativa de tirar as sacolas dos caixas é fruto de um acordo entre a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo. Preferiu-se este caminho à adoção de uma lei. “Optamos pelo diálogo com o setor”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas. “O acordo é voluntário por parte das redes.” Ele recorda que algumas cidades, como Jundiaí, chegaram a aprovar legislações para proibir as sacolas, mas foram julgadas inconstitucionais. No caso de Jundiaí, a prefeitura assinou depois um acordo com os supermercados locais e obteve o resultado que não alcançara com a lei.

Para ambientalistas e gestores públicos, a medida tem um importante valor simbólico. Apesar de as sacolas só representarem uma pequena parcela do volume total de lixo descartado, têm o mérito de trazer para o cotidiano das pessoas a preocupação com a sustentabilidade, aponta Fernanda Daltro, gerente de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente. “As pessoas aprenderão a separar o lixo seco do úmido, que é o que realmente precisa da sacola plástica para não fazer sujeira.”

Ligia Korkes, gerente de Sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar – dono da rede homônima e do Extra -, afirma que o dinheiro obtido com a economia das sacolas plásticas e a venda das sacolas retornáveis será revertido para ações de sustentabilidade do grupo.

A proposta faz parte da Campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, iniciada em 2010 na cidade de Jundiaí, com a proposta de estimular a substituição no comércio local de sacolas descartáveis por reutilizáveis.

Fonte: O Estadão

O importante é fazermos parte desta corrente e acabarmos com o hábito do uso irracional de materiais

Para maiores informações acessem o site da Campanha: http://vamostiraroplanetadosufoco.org.br/

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Manifestação: Crueldade Nunca Mais


DATA DA MANIFESTAÇÃO: 22 DE JANEIRO DE 2012 (DOMINGO) - HORÁRIO: 10h00

A manifestação acontecerá simultaneamente em várias cidades do Brasil.

REIVINDICAÇÃO:
PENALIZAÇÃO CORRETA E EFETIVA PARA QUEM COMETE CRUELDADES E MAUS TRATOS AOS ANIMAIS!

NORMAS:
- A manifestação CRUELDADE NUNCA MAIS é um movimento PACÍFICO e respeitador das leis, idealizado e organizado pelos protetores de animais do Brasil, o qual será o início de uma série de ações que visam a penalização correta para crimes de maus tratos aos animais.
- Os animais não deverão ser levados à manifestação.
- Cada cidade organizará o formato da manifestação de acordo com as normas e condições locais.
- Os manifestantes deverão levar sacolinhas para a coleta do lixo.
- Os manifestantes poderão levar cartazes e faixas com as seguintes frases:

OS ANIMAIS PEDEM JUSTIÇA!
CRUELDADES CONTRA ANIMAIS: LEIS MAIS RÍGIDAS E CADEIA!
OS ANIMAIS NÃO VOTAM, MAS NÓS SIM!
CRIMES CONTRA ANIMAIS DEVEM SER PUNIDOS COM RIGOR!
CHEGA DE IMPUNIDADE PARA CRIMES CONTRA ANIMAIS!
BRASIL, MOSTRA A TUA CARA LIMPA DE CRUELDADE!
- As faixas deverão ter no máximo 2m de largura.
- Frases ofensivas e que incitam a violência não serão permitidas.

A lei atual é branda e não pune devidamente quem comete crimes contra animais.
Esta manifestação é o início de uma série de ações para uma penalização correta contra a crueldade aos animais.
A petição oficial do movimento tem por objetivo coletar 1 milhão e meio de assinaturas em todo país, e já está sendo elaborada.

Para assiná-la, cadastre seu e-mail no site www.crueldadenuncamais.com.br e aguarde contato.

SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL!

Para saber sobre os locais de manifestação acessem através do endereço: http://www.crueldadenuncamais.com.br/locais.php

Fonte: http://www.crueldadenuncamais.com.br/

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Programa Claro Recicla


A Claro lançou em março de 2008 o programa Claro Recicla.

O objetivo da iniciativa é contribuir para a conscientização socioambiental da população sobre a importância de destinar corretamente o lixo eletrônico, em especial celular, baterias e acessórios fora de uso.

Cliente ou não da Claro, mediante conhecimento dos termos do regulamento do programa, pode depositar o material obsoleto de qualquer operadora e fabricante na urna coletora, disponível em cerca de 2.000 pontos instalados em lojas próprias e agentes autorizados da empresa.

Não é necessário preencher formulários ou entrar em contato com os funcionários. Todo o material é separado, classificado e encaminhado para o processo de reciclagem, feito por recicladora certificada pelo IBAMA.





Para maiores informações acessem o regulamento: http://www.claro.com.br/portal/regulamento.do?method=showDetalhe&am p;am p;FLGTIPO=NOT&cdnews=8854

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ajude um bicho de rua: aprensa a fazer um um comedouro

Atualmente existem tantos animais na rua que torna muito difícil adotar todos os bichinhos, além do que, alguns não querem saber de contato com as pessoas devido ao medo de serem agredidos.

Para ajudar a amenizar a fome desses pequenos desprotegidos pode-se criar comedouros com garrafas PET e colocar comida onde há muita circulação de animais de rua. é importante que seja também um local coberto para não apodrecer a ração devido a água da chuva.

Mas como fazer?
É super simples, corte uma garrafa de água quadrada para ser a base e outra como uma torre para colocar a ração.
Assim nossos amiguinhos poderão amenizar sua fome aos poucos e a comida não estraga.
Ajude vc também estes pequeninos!!

Fonte:http://catlovers.com.br/

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Campanha para discutir o bem-estar animal na Rio+20 tem adesão de 10 mil brasileiros


Dez mil brasileiros aderiram à campanha de mobilização global da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, sigla em inglês) que irá pedir à Organização das Nações Unidas (ONU) a inclusão do tema bem-estar animal na agenda da Rio+20. O encontro – promovido pela ONU – ocorrerá em junho de 2012 no Rio de Janeiro e discutirá os avanços e retrocessos registrados desde a Conferência Mundial do Clima, conhecida como Rio 92, ocorrida há 20 anos.

O abaixo-assinado foi lançado em todo o mundo pela WSPA, em dezembro, na internet. A ação pretende conscientizar as pessoas sobre a relação entre o bem-estar dos animais, especialmente os usados em processos produtivos, e o desenvolvimento sustentável.

A mobilização faz parte da campanha internacional Pegada Animal, que a WSPA lançará no Brasil em março. A campanha se inspira no conceito da Pegada Ecológica, informou à Agência Brasil a gerente de Comunicação da WSPA Brasil, Flavia Ribeiro. “Ela visa a informar e conscientizar as pessoas sobre como os hábitos alimentares da população influenciam a questão do desenvolvimento sustentável, da agropecuária sustentável.”

A campanha pretende esclarecer o consumidor final da origem do produto que ele consome. Por exemplo, se os eles são oriundos de uma criação intensiva ou extensiva, se a carne, os ovos, o leite vêm de uma indústria que tem preocupação com o bem-estar animal, se são produtos orgânicos. “A intenção da campanha no mundo todo é o consumo consciente, para que o consumidor entenda qual é a origem e o que, de fato, ele está adquirindo e o que pode ser feito para promover o bem-estar animal, focado nos animais de produção”, disse Flavia.

A ação online ainda continua e é a primeira iniciativa da campanha Pegada Animal. A carta com as assinaturas será encaminhada aos governantes e representantes da ONU em todos os países. “Não existe uma meta. Mas, a gente precisa de muito mais [assinaturas] para poder encaminhá-las à ONU.”

Segundo informação do Departamento de Ciência e Agropecuária Humanitária da organização, existem atualmente mais de 63 bilhões de animais que fazem parte da cadeia de produção em todo o mundo. Daí a importância de serem adotadas boas práticas na sua criação, transporte e abate. “O universo que a gente está falando impacta na vida de bilhões de animais.”

Flavia Ribeiro salientou que não só a indústria brasileira, mas também a adoção desses procedimentos, tem comprovado melhorias no processo de produção, com ganho econômico. “A indústria está percebendo que é vantagem econômica para ela inserir [a preocupação com o bem-estar animal no processo produtivo]. O meio ambiente como um todo também é beneficiado, porque você está protegendo não só a natureza, mas também os animais que fazem parte do meio ambiente. E o ser humano também sai ganhando porque ele está consciente de que está consumindo um produto de origem animal de uma empresa que tem um cuidado com o animal desde a criação até o abate.”

Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil

Assine a carta no endereço: http://e-activist.com/ea-action/action?ea.client.id=24&ea.campaign.id=13047&ea.tracking.id=website

Para saber mais sobre a ONG acessem: http://www.wspabrasil.org/

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Hortas urbanas: mais sustentabilidade e saúde


Ter uma pequena horta em uma cidade grande traz benefícios tanto para a alimentação (mais saudável com ingredientes sem agrotóxicos), e para o meio ambiente, diminuindo o impacto da produção em massa.

Alex Archer é geografo especialista em questões ambientais e um dos criadores da empresa “2ou+”, desenvolvedora de soluções ambientais com experiência em ambientes urbanos. Uma das ações da empresa é o auxílio na criação de hortas urbanas.

“Tenho tentado levar a ideia de cultivar hortas em terraços dos prédios. Estes lugares são geralmente ociosos e com o concreto acumulam calor contribuindo para os efeitos das ‘ilhas de calor’, fenômeno comum em metrópoles. Com as hortas no terraço, além do ganho com a produtividade do alimento, você diminui o efeito de concentração de calor; e ainda temos com o cultivo o sequestro de carbono, já que hortaliças adoram CO2, gás presente em abundância em grandes centros urbanos. Em pesquisas realizadas pela faculdade Cantareira é possível ter uma produtividade melhor na metrópole do que no campo, em virtude da grande concentração de CO2 disponível para as espécies”, explica Alex.

Veja o passo-a-passo para começar o processo de montagem da horta:

1. Verifique a disponibilidade de luz. “É fundamental ao menos 2 horas diárias de sol para estimular a fotossíntese das plantas”, diz Alex.

2. Escolha espécies adequadas. “Para os iniciantes, o recomendável é utilizar espécies que não exigem muitos cuidados, como manjericão, alecrim, boldo, hortelã, salsa, coentro”, indica Alex. Depois, pode-se partir para o tomate, morangos e beterraba.

3. Crie uma rotina para os cuidados básicos. “Os cuidados básicos são com relação a rega, 1x por dia, e com a adubação orgânica, sem aditivo químico, para manter a salubridade do alimento. A forma de colher as folhas ou alimento também requer alguns cuidados para manter a planta sadia, sem problemas ou feridas que possibilitem a entrada de pragas”, explica Alex. Esses cuidados podem variar de acordo com a espécie. Para saber exatamente essas necessidades, pergunte para o vendedor das mudas ou sementes.

Para começar, você também pode reaproveitar vasos que você já tem em casa ou montar recipientes com garrafas PET, e outros materiais reaproveitáveis.

Fonte: Atitude sustentável!!

domingo, 1 de janeiro de 2012

Brasileiro cria “lâmpada ecológica” com água sanitária e garrafa PET


Garrafas plásticas cheias de líquido misturadas com um pouco de água sanitária penduradas no teto das casas transformam-se em verdadeiras lâmpadas, com capacidade entre 40W a 60W. A ideia luminosa, do mecânico brasileiro Alfredo Moser, espalhou-se e está fazendo muito sucesso em favelas de Manila, Nova Délhi e em bairros pobres do interior do Brasil.

A garrafa se transforma em lâmpada econômica e ecológica, inundando de luz natural os casebres. A invenção foi adaptada por um empresário filipino, Illac Diaz, que se propôs a desenvolvê-la nos carentes de seu país. "Basta uma garrafa PET de dois litros, com água limpa, duas tampinhas de água sanitária e um potinho de filme de máquina fotográfica para proteger do sol, para não estragar a tampa", ensina Alfredo Moser.

A água sanitária é para prevenir a formação de bactérias e garantir a pureza e a transparência do líguido. A invenção virou atração no Parque Ecológico Chico Mendes, na Grande São Paulo, atiçando, também, a curiosidade da ciência. O engenheiro elétrico Clivenor de Araújo Filho mediu a intensidade de luz de cada garrafa, constatando que a luminosidade equivale a uma lâmpada de entre 40 e 60 watts. É preciso furar o teto de zinco das pequenas casas para fixá-la. A manipulação não exige conhecimentos complexos, ao que se soma um preço módico financiado, no caso das Filipinas, pela Fundação MyShelter (meu refúgio) criada por Illac Diaz, através de donativos.

Expostas ao sol, as garrafas produzem a intensidade luminosa equivalente a de um lâmpada de 50 watts. "É uma revolução popular que utiliza uma tecnologia simples e muito barata", comenta Illac Diaz.

O sistema não permite, no entanto, privar-se das fontes de luz artificial, uma vez que só clareia de dia. Mas ajuda a reduzir drasticamente a fatura de energia elétrica.

O projeto foi executado, com êxito, em San Pedro, uma favela da capital filipina onde milhares de casebres construídos uns contra os outros são frequentemente mergulhados no escuro, mesmo de dia, uma vez que são muito comuns os blecautes, ou a falta de dinheiro para pagar a conta.

Monico Albao, 46 anos, instalou cinco garrafas no teto da pequena casa que ela compartilha com o marido, a filha de 22 anos e o neto de dois meses. "Consegui dividir por dois minha conta de energia. O dinheiro que economizamos, agora, gastamos em alimentos ou em roupas para o bebê", explica.

O conceito também é ecológico, uma vez que cada garrafa permite economizar 17 Kg de CO2 por ano, afirma Diaz, convidado à reunião de cúpula de Durban (África do Sul) sobre o clima. "Se você multiplicar essa cifra por um milhão, obtém o benefício, para o meio ambiente, de uma turbina eólica, mas o funcionamento desta é muito mais oneroso", comenta. E destaca o sucesso de uma ideia que surgiu como um grão de poeira e se espalhou pela superfície do Globo, graças a um videoclipe postado no YouTube e um marketing agressivo nos sites sociais. "Não pensávamos que seria possível levar a ideia a uma tal escala", disse.

Mais de 15.000 garrafas foram instaladas até agora nas favelas da periferia de Manila, e 10.000 outras vão ser colocadas esta semana por um verdadeiro exército de voluntários. Outras 100.000 devem ir para Cebu, a segunda cidade do país, agora em dezembro.

A iniciativa já foi aprovada na Índia, na África do Sul, no Vietnã, Nepal, México, Colômbia e até na Ilha Vanuatu, no Pacífico. O conceito vai ao encontro de um modelo pleiteado pelo ex-presidente americano Al Gore, que defende o recurso às energias limpas nos países em desenvolvimento, como as eólicas, e as obtidas através de painéis solares, observa Diaz. "Mas isso é muito caro e poucos se beneficiam realmente", afirma.

Há mais de dez anos, cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) (Estados Unidos) mostravam-se interessados por inovação, mas o trabalho de Diaz foi saudado pelas Nações Unidas, por ter permitido sua distribuição em massa.

Em um ano, ele pretende ajudar um milhão de pessoas em seu país, através da Fundação MyShelter; sem contar a técnica das instalações das garrafas - um novo ofício que vai de vento em popa em Manila.

Idéias simples como essas podem ajudar o planeta, mas precisam ser postas em prática com a urgência que a natureza impõe, comentam especialistas. Em Uberaba, terra do mecânico inventor, Alfredo Moser, a imagem chega a ser curiosa: bicos de garrafas para fora dos telhados de todo um bairro.

Em 2002, em pleno apagão, Moser percebeu que poderia escapar disso, pendurando no telhado de casa garrafas plásticas cheias de água. A vizinhança tratou logo de instalar as lâmpadas de água em casa, até no banheiro. E a conta de luz no final do mês foi a grande surpresa.

Para saber mais sobre a invenção, assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=lE9YD-9Ofac&feature=related.

Fonte: Portal Veja.com