quinta-feira, 28 de abril de 2011

Manguezal na Bahia é repovoado com mais de 1 milhão de caranguejos

Um manguezal em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, foi repovoado com 1,2 milhão de caranguejos. Com apenas 0,5 centímetro de comprimento, os crustáceos são, nessa fase, chamados megalopas. Os filhotes foram cultivados na Fazenda Oruabo, da Bahia Pesca, empresa estatal vinculada à Secretaria da Agricultura do estado.

A responsável pelo Laboratório de Reprodução de Caranguejo da Bahia Pesca, a tecnóloga em aquicultura Eliane Hollunder, explicou que, adultos, os animais se tornarão reprodutores, “mantendo o ciclo e, consequentemente, o equilíbrio ambiental”. Eliane esclareceu que, dentre as fêmeas capturadas para reprodução em cativeiro, são escolhidas as que toleram melhor o manejo.

O presidente da estatal baiana, Isaac Albagli, acompanhou a soltura dos filhotes de caranguejo. Ele explicou que as comunidades que vivem perto dos manguezais precisam ser informadas sobre a importância da preservação ambiental para que o repovoamento dê certo. “A gente faz palestra e distribui materiais impressos em escolas e outras entidades explicando várias questões, como, por exemplo, o tamanho mínimo permitido para a captura do caranguejo, que é 5 centímetros. Até atingir este tamanho, o crustáceo leva cinco anos”.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 26 de abril de 2011

USP começa a testar estações de bike


Na próxima segunda-feira, trocar o carro ou o ônibus por bicicletas começa a se tornar uma opção para estudantes, professores e demais funcionários da Universidade de São Paulo (USP). Entrará em fase de teste o Pedalusp, sistema que prevê o empréstimo gratuito de bikes para viagens dentro do câmpus, na zona oeste da capital.

Inicialmente, a frota se resumirá a 4 bicicletas. Elas poderão ser retiradas na estação existente em frente ao prédio de Engenharia Mecatrônica da Politécnica ou na instalada a cerca de um quilômetro dali, no prédio do Biênio. O percurso pode ser cumprido em 20 minutos, tempo limite de empréstimo.

“Os testes serão feitos para verificarmos detalhes e fazer a interação com a comunidade”, explicou o engenheiro Maurício Serrano Villar, um dos idealizadores do projeto. Essa fase deve se estender até novembro. “As pessoas vão poder dizer se precisam de mais tempo (para usar as bikes), por exemplo.”

Concluído esse período, pretende-se expandir o número de bicicletas para 100 e o de estações para 10, espalhadas pela Cidade Universitária. “A gente quer dar uma alternativa: em vez de ficar andando de carro dentro da escola, porque não parar o carro num prédio e usar a bicicleta?”, sugere Villar.

Villar é o pai do projeto ao lado do amigo Maurício Matsumoto. Em 2005, os estudantes de Engenharia Mecatrônica desembarcaram na França, por conta de convênios da USP com escolas daquele país. Ao longo de dois anos e meio, conheceram o sistema de empréstimo de bicicletas de Marselha e Lyon e decidiram adaptá-lo para o Brasil. “Usávamos como meio de transporte lá.”

A dupla apresentou o sistema no projeto de conclusão do curso em 2009. A coordenadoria do câmpus gostou tanto da ideia que desembolsou R$ 50 mil para que as bikes se tornassem realidade na Cidade Universitária. “Acreditamos que o projeto possa alavancar novos sistemas para a mobilidade dentro do câmpus, reduzindo o uso de veículos para curtas distâncias, colaborando para a mudança de hábitos e comportamentos”, informou a coordenadoria do câmpus, em nota.

Não há pesquisas sobre o número de usuários de bicicletas no câmpus. Sabe-se apenas que mais da metade dos passageiros da rede de ônibus circular da USP depende do transporte público para chegar à universidade e outros 30% vão a pé.

As estações de bicicleta têm atraído a atenção dos estudantes. “Quem mora nos arredores, como eu, poderá passar pelo portão e usar a bike”, disse o estudante João Carlos Rocha de Borba, de 21 anos. O amigo dele, Rodrigo Inocente, da mesma idade, questionou se os veículos não serão alvo de ladrões. “Não pelos alunos, mas por pessoas de fora.”

Segundo Villar, a dúvida existe desde o início da proposta. “As pessoas dizem que vai ter muito roubo, mas na USP o projeto pode dar certo, por ser um ambiente fechado, com mais jovens.”

Para proteger o sistema, as bicicletas ficarão travadas nas estações. A liberação será feita a estudantes, professores e funcionários cadastrados num site, ainda não divulgado. Se não devolverem a bike no prazo previsto, receberão suspensões que impedirão o uso do sistema por períodos de 1 a 20 dias ou definitivamente.

Quem optar por não devolver a bicicleta poderá ser denunciado à polícia. “É um bem público. A pessoa vai roubar um bem da universidade”, observou Villar.

Fonte: Estadão.com.br

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Energia solar pode refrigerar ambientes e manter alimentos frescos


“Resfriado com luz solar” – esse selo ecológico poderá vir estampado nas futuras embalagens de alimentos. Pesquisadores querem tornar frutas e legumes mais duráveis através dos raios de sol, principalmente em países em desenvolvimento, onde os refrigeradores são artigo de luxo e a energia elétrica só existe em regiões de grande concentração populacional.

Redução do custo energético Freezer abastecido com energia solar serve para armazenar medicamentos Freezer abastecido com energia solar serve para armazenar medicamentos

Pesquisadores do Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar (ISE) demonstraram que a refrigeração solar funciona: no projeto Medisco, da União Europeia, eles instalaram sistemas solares para resfriar vinho em uma vinícola na Tunísia e leite em uma fábrica de laticínios no Marrocos.

“A técnica é aplicável em regiões ricas em insolação, principalmente em áreas remotas, onde devido à escassez de água e falta de fontes de energia regulares não há possibilidade de refrigeração convencional”, diz Tomas Núñez, pesquisador do ISE. “É um método benéfico para o ambiente. Além disso, o custo da energia para equipamentos de refrigeração convencionais é reduzido ao mínimo.”

Os pesquisadores desenvolveram os painéis solares de forma que a luz do sol seja direcionada por meio de espelhos para um absorvedor. Os raios de sol concentrados aquecem a água dentro de um reservatório a 200ºC.

Essa temperatura extrema da água é necessária para acionar a chamada máquina de resfriamento por absorção com alta temperatura exterior. “Diferente do refrigerador comum, nós não utilizamos energia, mas calor para gerar frio”, explica Núñez. O resultado em ambos os casos é o mesmo. “Frio em forma de água fria ou, no nosso caso, uma mistura de água e glicol.”

Tecnologia ainda inadequada para o mercado – As máquinas de resfriamento solar podem refrigerar salas e até edifícios inteiros. Muitos projetos de pesquisa foram bem-sucedidos e demonstraram que sistemas de energia solar economizam 50% a 80% em comparação às tecnologias convencionais de refrigeração.

Apesar de todas as vantagens, os especialistas destacam que a tecnologia ainda não está pronta para o mercado. “Os custos de instalação ainda são altos demais”, diz Ursula Eicker, da Universidade de Ciências Aplicadas de Stuttgart. Se uma família na Alemanha quiser refrigerar sua casa com refrigeração através do sol, terá que pagar cerca de 40 mil euros, quase o dobro de um sistema convencional.

Uma empresa de médio porte na África não tem esse dinheiro – e a tecnologia não parece economicamente vantajosa para as grandes indústrias.

A tecnologia funciona e existe demanda, o que em médio prazo representa boas chances para a refrigeração solar, diz Núñez. Particularmente na climatização de edifícios – e especialmente na ensolarada África.

“O importante é expandir lentamente, passo a passo. Uma parte da produção precisa ser feita no local, e são necessários engenheiros treinados para a instalação”, destaca o especialista. O primeiro passo foi apresentar a tecnologia por meio de projetos subsidiados para aumentar a consciência sobre a tecnologia.

Sem programas financiados pelo Estado, como os que existem na Alemanha, na Áustria e na Espanha, os sistemas de refrigeração solar nunca seriam competitivos, diz a professora Eicker. “Estamos em um absoluto nicho.” Em 2007 foram instalados de uma só vez 81 sistemas de refrigeração solar no mundo, quase todos na Europa, em edifícios comerciais. Para criar um mercado para a tecnologia, os governos precisam demonstrar interesse e disponibilidade financeira.

Extremamente nocivos – Sistemas convencionais de refrigeração precisam ser substituídos por outra razão: as substâncias refrigerantes e os compressores de espuma isolante contêm hidrocarbonetos halogenados, que são 12 mil vezes mais nocivos para o meio ambiente do que CO2, além de destruírem a camada de ozônio.

Os governos europeus estão ajudando os países em desenvolvimento a substituírem essas substâncias por sistemas de refrigeração não nocivos. A base de cooperação é o Protocolo de Montreal, assinado em 1987, em que 180 países se comprometeram a substituir substâncias que destroem a camada de ozônio.

O governo alemão estabeleceu o programa Proklima, em cooperação com 40 países, entre os quais pequenos países africanos como a Suazilândia, onde empresas locais produzem novos congeladores e refrigeradores ecológicos. Com a iniciativa, já foram poupados em todo o mundo cerca de 42 milhões de toneladas de CO2.

A substituição das antigas substâncias refrigeradoras deve estar completa em 2011, explica Eicker. “Graças a uma lei, o que traz esperança. E isso mostra que a cooperação internacional para a proteção do meio ambiente pode fazer diferença.”

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Evento traz atividades sustentáveis para salvar mata atlântica


Peças de teatro, jogos e oficinas de compostagem. Tudo o mais natureba possível. É com esse espírito sustentável que programação infantil do Viva a Mata 2011 vai chegar ao Parque do Ibirapuera.

O evento acontece apenas em maio, mas sua programação já foi divulgada pela Fundação SOS Mata Atlântica.

Nesta edição, os menores poderão assistir a peças como "Pinóquio em uma Aventura Ecológica" ou então "Água", da Cia. Bicicletas Voadoras.

Enquanto os adultos participam dos diversos debates e palestras sobre consumo sustentável, as crianças colocam a mão na massa: demonstração de compostagem urbana e observação de pássaros estão entre as atividades práticas.

Para fechar, uma orquestra um pouquinho diferente. Nela, os instrumentos são feitos com sucata.

PARA CONFERIR
Viva a Mata
Quando: de 20 a 22 de maio
Onde: Arena de Eventos, próxima à Marquise do Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº)
Quanto: grátis

Programação

Sexta-feira (20/5)
10h - Teatro: O caminho da casa do vovô Gepet
11h - Roda de conversa: A Mata Atlântica é aqui
12h - Papo de almoço: alimentação saudável
13h - CineMata: "A carne é fraca"
14h - Roda de conversa: A Mata Atlântica nas escolas
15h30 - Demonstração: Compostagem urbana
17h - Bate-papo Planeta Eldorado

Sábado (21/5)
9h - Avistar: observação de aves no Parque
10h - Debate: A Mata Atlântica menos conhecida
11h - Roda de Conversa: Surf, sustentabilidade e gestão costeira
12h30 - TEDxMataAtlântica - transmissão online
15h30 - Teatro: Pinóquio em uma aventura ecológica
17h - Bate-papo Planeta Eldorado

Domingo (22/5)
10h às 12h - Mobilização
10h às 12h - Jogos
12h às 13h30 - Papo de almoço: vegetarianismo
13h30 às 15h - Oficina: Consumo Crítico Sustentável
15h - Teatro: Água - Cia Bicicletas Voadoras
17h - Bate-papo Planeta Eldorado
18h - Orquestra de Sucata

Fonte: Uol