segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Embalagens a partir de bactérias da água de rios


Uma nova solução no setor de embalagens está sendo estudada por pesquisadores da Universidade Estadual do Amazonas. A proposta é produzir embalagens biodegradáveis a partir da água de rios, onde se encontram micro-organismos capazes de produzir biopolímeros.

As bactérias existentes nos rios da bacia hidrográfica da Amazônia estão sendo pesquisadas há um ano e meio, fazendo parte do projeto “Potencial de Bactérias dos Rios Negro, Solimões e Madeira na Produção de Biopolímeros”.

A qualidade não se difere das embalagens de plástico existentes no mercado, apesar das biodegradáveis poderem chegar a um custo 40% superior. Mas na relação custo benefício ainda são a melhor opção, já que as embalagens produzidas através de derivados do petróleo podem levar de 200 até 800 anos para se decompor. Enquanto isso, as biodegradáveis podem levar até 6 meses se o processo de descarte for feito de maneira correta.

Fonte: Uol

sábado, 29 de janeiro de 2011

Novo partido, em Portugal, quer incentivar população a excluir carne da sua alimentação


A alteração dos hábitos alimentares dos portugueses, nomeadamente da carne, a comparticipação de medicinas alternativas e a criação de uma polícia para as questões animais são propostas do futuro programa político do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN).

Os responsáveis do PAN, constituído este mês, apresentaram em Lisboa a sua declaração de princípios e objetivos, que servirá de base ao programa político do partido, a aprovar no primeiro congresso, que deverá decorrer dentro de três meses.

“O PAN é um partido de causas, que abraça as três grandes causas – humanitária, animal e ecológico-ambiental -, considerando-as inseparáveis”, anunciou Paulo Borges, da comissão coordenadora do partido, que assume como um dos objetivos a luta contra “todas as formas de discriminação e violência contra os animais, combatendo o especismo como parente próximo do escravagismo, racismo, sexismo e classicismo”.

O novo partido quer consagrar na Constituição da República a “senciência dos animais (capacidade deste sentirem) e o seu direito à vida e ao bem-estar” e alterar o Código Civil, “onde são reduzidos ao estatuto de coisas”, e defende, para já, “uma efetiva aplicação da lei existente e a punição dos seus infratores”, propondo a criação de uma “unidade policial especificamente voltada para as questões animais”.

O partido sugere a realização de uma campanha educativa “no sentido da progressiva alteração dos hábitos alimentares dos portugueses, em particular o consumo de carne “, alertando para o impacto negativo da pecuária intensiva sobre a saúde pública e o ambiente, nomeadamente na desflorestação e maior emissão de gases que contribuem para o aquecimento global.

“Os animais são as grandes vítimas dessa aberração chamada indústria da carne, mas também somos todos nós, porque os animais que nós comemos são animais doentes”, afirmou Paulo Borges, acrescentando que, segundo “estatísticas recentes feitas nos Estados Unidos”, todo “o investimento de energia, de trabalho, de riqueza, de cereais e água que é feito para alimentar o gado bastaria para alimentar diretamente 800 milhões de pessoas”.

A redução das taxas sobre os produtos de origem natural, o aumento das taxas sobre os produtos da agropecuária intensiva, a obrigatoriedade de existência de opções vegetarianas nas escolas, cantinas públicas e restaurantes são outras propostas do PAN.

A proibição de “todos os espetáculos que causem sofrimento físico e psicológico aos animais” e a “abolição total da experimentação” em animais são outros princípios defendidos pelo PAN, que pretende ainda a existência de hospitais veterinários comparticipados, a reestruturação dos canis e gatis.

Fonte: iOnline

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Navio movido a energia eólica chega ao Ceará


O Porto de Pecém, no Ceará, recebeu o primeiro navio movido à energia eólica. Chamado de E-ship 1, a embarcação de bandeira alemã possui tecnologia que permite a economia de combustível da ordem de 30 a 40% a uma velocidade de 16 nós. Sua viagem inaugural começou em 17 de agosto no Porto de Emden, na Alemanha. O navio esteve em Portugal em setembro. A embarcação passou por 3 provas de mar antes de ser lançado oficialmente.

O E-Ship é um navio que faz uso do Efeito Magnus para propulsão. Quatro rotores imponentes ficam instalados no convés principal e estão ligados a hélices do navio, o que faz com que elas girem. As quatro torres cilíndricas de 27 metros de altura por 4 metros de diâmetro que emergem do convés são rotores eólicos capazes de captar a energia do vento para auxiliar a propulsão a diesel do navio, sem interferir com as operações de carga e descarga, ao contrário dos mastros e velas. O efeito Magnus faz uma força para agir em cima de um corpo girando em movimento através de uma corrente de ar, perpendicular à direção de fluxo.O navio possui 130 metros de comprimento e 22,5 metros de boca, com 12.800 toneladas.

O E-Ship 1 é equipado com 9 geradores diesel, com uma potência total de 3,5 MW. O navio possui caldeiras, que alimentam uma turbina a vapor, que, por sua vez, aciona 4rotores. Estes rotores, assemelhando-se a quatro cilindros grandes montado no convés do navio, são capazes de recolher a energia do vento.

Fonte: Exame.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lâmpadas incandescentes devem ser retiradas do mercado até 2016

As lâmpadas incandescentes comuns serão retiradas do mercado paulatinamente até 2016.Portaria interministerial de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio regulamentando a retirada foi publicada no Diário Oficial da União. A finalidade é que elas sejam substituídas por versões mais econômicas.

Técnicos do ministério estimam que a medida trará ao país uma economia escalonada até 2030 de cerca de 10 terawatts-hora (TWh/ano). Equivale a mais do que o dobro conseguido com o Selo Procel, utilizado atualmente.

No mercado brasileiro existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes etiquetadas, de quatro fabricantes diferentes. Estima-se que a lâmpada incandescente seja responsável por aproximadamente 80% da iluminação residencial no Brasil. O mercado brasileiro consome atualmente cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes e 100 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas.

De acordo com o ministério de Minas e Energia, as tecnologias que envolvem os sistemas de iluminação se desenvolveram rapidamente, nos últimos anos, disponibilizando equipamentos com mais eficiência e durabilidade. Paradoxalmente, aumentou também a preocupação com a escassez de energia e a busca de soluções que contemplem a boa iluminação conjugada a equipamentos mais eficientes e formas inteligentes de utilização. Diante disso, a tecnologia utilizada nas lâmpadas incandescentes se tornou obsoleta. Tecnologias já consolidadas, como as lâmpadas fluorescentes compactas, podem fornecer quantidade maior de luz com um custo energético muito inferior à tecnologia incandescente.

Fonte: Uol

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Escritório Verde sustentável é construído no Paraná


O Escritório Verde está sendo construído na UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) funcionando como modelo de escritório comercial sustentável.

São cerca de 150m² que utilizam tecnologia de construção a seco em madeira, painéis de madeira pinus tratada, com manta para isolamento térmico em PET reciclado e manta para conforto acústico de pneus reciclados.

A meta é finalizar todo o projeto em dois meses, certificando a obra pelo processo de certificação de construção sustentável AQUA (Alta Qualidade Ambiental), da Fundação Vanzolini, da USP de São Paulo. O Escritório Verde será a primeira edificação a ser certificado no estado do Paraná neste processo.

Quando a construção estiver pronta, será a sede do “Centro Regional de Integração Expertise de Educação para o Desenvolvimento Sustentável – CRIE Curitiba”, um centro aprovado pela UNU – Universidade das Nações Unidas, da ONU. É uma rede de mais de 80 centros no mundo que visam promover a educação para a sustentabilidade. Com agendamento, poderá ser visitado por público interessado em conhecer as tecnologias empregadas e suas vantagens.

A construção possui resíduo praticamente nulo, contando com duas áreas de telhado verde.

Metade da sua energia será fornecida por painéis fotovoltaicos que também poderá alimentar um carro elétrico.

Através da energia térmica que provém de painéis solares, a água será aquecida, além de um sistema de coleta de água da chuva para ser usada na limpeza e nos vasos sanitários.

Outros detalhes do projeto também chamam a atenção, como o controle da qualidade do ar através do resfriamento evaporativo e desumificação, as janelas em esquadrias de madeira com vidros duplos, iluminação com lâmpadas LED, base do piso elevado em plástico reciclado com acabamento em madeira certificada, emprego de madeira plástica nos decks externos e revestimentos internos com painéis de bambu e móveis ecológicos.


Fonte Uol

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Hotel feito de lixo é aberto em Madri


Ambientalistas abriram um hotel todo feito com lixo retirado de praias de países europeus na capital da Espanha, Madri.

O escultor alemão H.A. Schult da Organização Save the Beach usou 12 toneladas de lixo reciclado coletados na Espanha, França, Itália e Bélgica para construir o hotel e chamar atenção sobre a quantidade de desperdícios nas praias europeias.

"Qualquer um que vá à praia pode deixar 3 ou 4 guimbas de cigarro e uma lata de Coca-Cola. Se isso for multiplicado por 47 milhões de espanhóis ou 300 milhões de europeus ou 6,5 milhões de pessoas no mundo, pode-se ver para onde estamos caminhand", afirmou o cofundador da campanha, o espanhol Fernando Godoy.

O Hotel Corona Extra Save the Beach abriu as portas em 19 de janeiro e, segundo a diretoria, os 5 quartos duplos já foram reservados para os 4 dias em que hóspedes serão recebidos.

A turista Virginia Moreno afirmou que, apesar de ser feito com lixo, não se sente qualquer cheiro ou desconforto. "É mais aceitável do que se imagina à primeira vista", disse.

Durante o dia, o hotel é aberto à visitação pública. À noite, recebe os hóspedes que ganharam diárias em sorteios na internet.Entre os hóspedes estão a modelo dinamarquesa Helena Christensen, que passou uma noite no notel, a ambientalista Alexandra Cousteau e a designer de joias Jade Jagger.

A construção feita com lixo coletada na Espanha, Itália, Bélgica e França fica em Madri até o dia 23 de janeiro, durante a duração de uma feira de turismo da cidade.

Fonte: G1

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Animais salvos das enchentes



Este é um relato impressionante sobre o estado dos animais encontrados logo depois das enchentes. Foi escrito logo após a difícil e emocionante tarefa de recolha e atendimento aos animais pelo Fabiano Jacob, juntamente com o pessoal da ONG Estimação e outros voluntários. Estiveram ingressando em locais quase inacessíveis enfrentando muito barro e em cada canto, a emoção de encontrar algum animal extremamente necessitado, com fome, abandonado, machucado e estressado.

Fabiano Jacob, é servidor público, formado em direito, nascido em Ribeirão Preto e atualmente morando no Rio de Janeiro.

Eis aqui seu impressionante relato:

"Chegamos a Teresópolis na sexta-feira por volta das 9h. Nosso ônibus (que não é o melhor dos veículos para resgates, mas que foi guerreiro) quebrou logo na entrada da cidade, mas tivemos a ajuda da Viação Teresópolis que nos colocou no caminho em menos de 40 minutos. Fomos encontrar a Bebete da ONG ESTIMAÇÃO (que aliás eu não conhecia pessoalmente, mas é mais uma dessas figuras maravilhosas da proteção que merecem todo meu respeito e admiração).Fomos logo conhecer o galpão improvisado onde ficariam os animais resgatados. Tivemos algumas idéias e começamos a reunir voluntários. Depois de um rápido almoço, me apresentei ao chefe da Defesa Civil, imediatamente informando nossa missão e dando os contatos.
Partimos para uma das comunidades mais afetadas de Teresópolis. Vocês não imaginam o que é subir um morro, passar por ribanceiras, pontes quase caindo com um ônibus gigantesco de mais de oito toneladas. Mas estamos vivos e tudo deu certo. Então, valeu.
Lá chegando começamos os resgates, contando com a ajuda da população. Casas desabadas, cães vagando com fome e doentes, completamente desnorteados. Pessoas nos pedindo para resgatar e cuidar de seus animais, pois não tinham mais condições.
Foram dezenas de animais resgatados e vou sentir saudades do Leão, do Tiger, da Branquinha, da Neguinha. Rezo para que o mais rápido possível consigam um lar, mesmo que provisório. Cães maravilhosos, meigos e muitos que se entregavam em troca de um afago naquele momento de perda.
Por volta da 18h30min h. já quase sem luz e com a capacidade do ônibus ultrapassada em muito com os animais, tomamos rumo ao galpão. E que felicidade ao chegarmos e vermos dezenas de voluntários, estudantes de Veterinária, Veterinários, dentistas, jovens, senhoras. Todos dispostos a fazer de tudo por aqueles animais. Uma visão emocionante, dentro das muitas que JAMAIS vou me esquecer dessa missão.
Acomodamos os animais, descarregamos os 100 kg de ração doados pela Comissão ao abrigo da Bebete e tentamos coordenar e dar algumas dicas de administração de crise (que espero que a Bebete esteja seguindo).
Partimos com a equipe, na certeza de que a situação estava encaminhada e torcendo MUITO por todos.
Um especial obrigado a um garoto (uns 17 anos) chamado Yuri que, de forma voluntária nos acompanhou durante o trabalho e ainda está auxiliando a Bebete... muito abnegado... um verdadeiro protetor!
Havíamos recebido um chamado, de meu amigo Ricardo Ganem (está aqui no Fb) que é gerente do INEA e estava coordenando os resgates e doações para os desabrigados e vítimas de Itaipava. Como ex funcionário do IBAMA, e atual do INEA, biólogo e amante dos animais, precisava de nossa ajuda para a montagem de estrutura e resgate de animais na região mais afetada de Itaipava.
Nem vou comentar como aquilo está, pois nem as imagens que trouxe traduzem a realidade. Conseguimos resgatar os primeiros 20 animais de lá, montamos a estrutura (com tudo do bom graças ao Ganem) e chegamos ao Rio de Janeiro por volta das 20h.
Então, tenham a certeza de que Teresópolis e Itaipava estão muito bem amparados no que se relaciona aos animais nessa crise.
Particularmente Teresópolis precisa de doações e estarei colocando no tópico a seguir como fazê-lo. Doação de TUDO principalmente de voluntários, remédios e produtos de limpeza.
Já em Itaipava, graças ao Ganem (competente até debaixo d água) as necessidades não são tão grandes, mas voluntários são bem vindos!"


Relato e fotos: Fabiano Jacob, Leonardo Bezerra













O preço por não escutar a natureza

O cataclisma ambiental, social e humano qe se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam frequentemente deslizamentos fatais.

Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que distribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostrou leniente e não fez obras de prevenção, por não serem visíveis e não angariarem votos. Nisso tudo há muita verdade. Mas nisso não reside a causa principal desta tragédia avassaladora.

A causa principal deriva do modo como costumamos tratar a natureza. Ela é generosa para conosco pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nós, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservação nem lhe damos alguma retribuição. Ao contrário, tratamo-la com violência, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefício. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.

Pior ainda: nós não conhecemos sua natureza e sua história. Somos analfabetos e ignorantes da história que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos. Não nos preocupamos em conhecer a flora e a fauna, as montanhas, os rios, as paisagens, as pessoas significativas que aí viveram, artistas, poetas, governantes, sábios e construtores.

Somos, em grande parte, ainda devedores do espírito científico moderno que identifica a realidade com seus aspectos meramente materiais e mecanicistas sem incluir nela, a vida, a consciência e a comunhão íntima com as coisas que os poetas, músicos e artistas nos evocam em suas magníficas obras. O universo e a natureza possuem história. Ela está sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevação das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios. Nossa tarefa é saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originários sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou não trombas d’água. Chico Mendes com quem participei de longas penetrações na floresta amazônica do Acre sabia interpretar cada ruído da selva, ler sinais da passagem de onças nas folhas do chão e, com o ouvido colado ao chão, sabia a direção em que ia a manada de perigosos porcos selvagens. Nós desaprendemos tudo isso. Com o recurso das ciências lemos a história inscrita nas camadas de cada ser. Mas esse conhecimento não entrou nos currículos escolares nem se transformou em cultura geral. Antes, virou técnica para dominar a natureza e acumular.

No caso das cidades serranas: é natural que haja chuvas torrenciais no verão. Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas. Sabemos que já se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais frequentes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas não escutamos a mensagem que eles nos enviam que é: não construir casas nas encostas; não morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar. O rio possui dois leitos: um normal, menor, pelo qual fluem as águas correntes e outro maior que dá vazão às grandes águas das chuvas torrenciais. Nesta parte não se pode construir e morar.

Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimação da mata atlântica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora é escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser de cada encosta, de cada vale e de cada rio.

Só controlamos a natureza na medida em que lhe obedecemos e soubermos escutar suas mensagens e ler seus sinais. Caso contrário teremos que contar com tragédias fatais evitáveis.

Namastê Shalom


Fonte: Leonardo Boff

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Dilma lança Sistema Nacional de Prevenção de Desastres


Para evitar novas tragédias como as que atingem a região serrana do Rio de Janeiro e outras áreas do País todos os anos, o governo federal anunciou, nesta segunda-feira, o lançamento do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais. O anúncio foi feito após reunião entre a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Defesa, Nelson Jobim, de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Integração Nacional, Fernando Bezerra.

A expectativa do governo federal é de que o sistema esteja em pleno funcionamento dentro de quatro anos. "Mas já esperamos respostas para o próximo verão. Vamos implantar pelo menos nas áreas mais críticas", afirmou o ministro de Ciência e Tecnologia.

Segundo Mercadante, o sistema de alerta vai prevenir os desastres naturais mais comuns no Brasil, que são deslizamentos de terra, inundações, ressacas, secas e vendavais. Um novo supercomputador foi adquirido, com capacidade para escanear o território nacional a cada 5 km², quando antes esse mapeamento era feito a cada 20 km². "Isso vai esquadrinhar o Brasil em regiões menores e nos dará uma previsão mais precisa", disse Mercadante. O sistema terá uma sede nacional e outras cinco distribuídas entre as regiões brasileiras.

"Para aprimorar a capacidade de previsão do tempo, vamos implantar novos radares meteorológicos e integrar todos os disponíveis, inclusive os da Aeronáutica, num só sistema. A previsão por satélite dá uma estimativa boa para três dias antes, quanto mais próximo, mais seguro. Mas os radares captam a chuva que está efetivamente ocorrendo, o que nos avisa sobre o encharcamento do solo", afirmou o ministro de Ciência e Tecnologia.

Além dos radares, 700 pluviômetros (equipamentos que captam o volume de chuva) serão adquiridos pelo governo federal - o que ainda depende do Ministério do Planejamento para determinar o ritmo de compra dos equipamentos. A intenção é fazer o levantamento das condições de solo e geografia do País. "Estimamos em aproximadamente 500 áreas de risco no País, com cerca de 5 milhões de pessoas morando nessas áreas, e temos outras 300 regiões sujeitas a inundações", disse Mercadante. O sistema será coordenado pelo ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Carlos Nobre, que ficou à frente do órgão por 12 anos.

O ministro da Integração Nacional afirmou que Dilma determinou o retorno de alguns titulares para acompanhar a situação no Rio de Janeiro. "Voltaremos eu (Fernando Bezerra), o ministro da Justiça e o ministro da Defesa já amanhã. Vamos visitar as cidades atingidas para que possamos reforçar nossas ações e iniciar o monitoramento mais próximo das áreas ainda sujeitas a riscos, para evitar a perda de novas vidas", declarou.

Fonte: Terra.

Você pode ajudar os animais no RJ


Contribua para mudar esse triste cenário. Os animais necessitam de seu auxílio.

Participe ajudando os animais vítimas das enchentes. >>

Com a tragédia que assolou a Região Serrana do Rio (Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis), nos últimos dias, e o estado de calamidade na região, a WSPA divulga uma campanha de doação e faz um apelo aos que desejam colaborar no auxílio aos animais, atingidos pelas fortes chuvas que castigaram o local.

Há 2 formas de prestar ajuda neste momento: em dinheiro ou em forma de produto, doando ração e medicamentos veterinários para os animais.

As doações em dinheiro podem ser feitas por depósito em nome de:


Defensores dos Animais

CNPJ: 04.363.242/0001-09

Banco Bradesco

Agência: 279-8

Conta-poupança: 172813-0


Apenas essa conta é a oficial, coordenada pela WSPA. Todos os recursos serão empregados na prestação de socorro e prevenção de doenças em prol do bem-estar dos animais.

Caso você queira doar alimento (ração para cães e gatos) e medicamentos veterinários, segue os endereços para entrega na própria região atingida.

GAPA - Grupo de Assistência e Proteção aos Animais Itaipava
Telefone: (24) 2222-8419

Clínica Bicharada
Estrada União Indústria, 10661, Itaipava/ Petrópolis (RJ) – CEP: 25750-225

ONG Combina (Companhia dos Bichos e da Natureza)
Rua José Eugênio Muller, 36, Centro – CEP: 28610-010 – Friburgo – Rio de Janeiro

Armazém do Gemmal
Estrada União e Indústria, 10.733, Itaipava – CEP: 25750-225
Tel: (24) 2222.0298


A WSPA também fez contato com alguns parceiros para apoio à campanha. O Laboratório Merial doará um lote de vacinas para prevenção da Raiva e Leptospirose, as quais serão encaminhadas para uma clínica veterinária parceira na região de Itaipava. A Pedigree confirmou a doação de 1 (uma) tonelada de ração para cães e gatos.

A WSPA coordena essa ação em apoio aos animais, junto às seguintes ONGs afiladas: a Defensores dos Animais (Rio de Janeiro), o GAPA (Itaipava) e a AnimaVida (Petrópolis), a Combina (Nova Friburgo) e SOS Animal (Teresópolis), que estão se mobilizando regionalmente, visando minimizar o sofrimento dos animais.

No dia 17/01, 2 especialistas da WSPA internacional chegam ao Rio para visitar o local. A instituição permanece em contato com os parceiros e está realizando um levantamento dos animais afetados para que possam ser socorridos, alimentados e tratados.

A área afetada reúne muitas espécies em abrigos, haras, sítios, além de centenas de animais abandonados nas ruas, cenário agravado pela situação atual das famílias desabrigadas.

Não permita que os animais fiquem desamparados.




Fonte: WSPA Brasil - www.wspabrasil.org

Ambientalista diz que tragédia é resultado do desrespeito à Mata Atlântica

Tragédias como a que ocorreu nas cidades serranas do Rio de Janeiro são nada mais que o resultado do processo de ocupação da Mata Atlântica. A afirmação é da escritora e ambientalista Anne Raquel Sampaio, que mora no Parque do Imbuí, um dos bairros mais afetados pela catástrofe em Teresópolis.

“Nós não estamos aqui simplesmente sobre o solo de Teresópolis, e sim sobre o solo da Mata Atlântica, um bioma que precisa ser mais respeitado”, diz a escritora. Como muitos cariocas, ela se mudou há 25 anos para a cidade serrana fugindo da violência urbana do Rio e em busca de paz e de contato com o verde.

Com o passar dos anos, além da favelização, houve uma ocupação maior das margens dos rios, com uma grande devastação da mata ciliar. Anne Raquel, que faz pesquisas sobre a água, alerta para o problema da falta de esgotos na cidade. “Como a maior parte das cidades brasileiras, Teresópolis foi construída às margens de um rio, o Paquequer, hoje um grande esgoto atravessando a cidade. Esse rio às vezes fede, mas a população faz de conta que esse fedor não existe.”

Segundo a ambientalista, a tragédia atual mostra que o risco da ocupação irregular é o mesmo para os pobres e os ricos, já que condomínios de alto luxo e de classe média também foram igualmente atingidos. Ela chama a atenção para o fato de que a propaganda imobiliária desses condomínios não corresponde à realidade.

“Você não pode construir uma mansão sobre uma encosta que é linda, e dizer que aquilo ali é ecológico só porque algumas árvores foram preservadas. Na verdade, aquela área não deveria ser ocupada, nem por mansão nem por ninguém. As pessoas que constroem essas casas sonham com um mundo melhor para elas, mas não param para analisar que esse mundo melhor precisa, antes de tudo, que a gente respeite a natureza.”

É preciso reconstruir a cidade, partindo do princípio de que ela está sobre o solo da Mata Atlântica, que tem características próprias e é responsável pelo abastecimento de água de mais de 80% da população brasileira, diz a ambientalista. “A água precisa caminhar, chegar ao mar. Se agente constrói em cima do caminho da água, ela vai achar esse caminho de uma forma ou de outra.”

Emocionada com tragédia que presenciou, Anne Raquel acha que a solução não pode ser apenas técnica: “a questão ambiental só vai ser resolvida quando a gente olhar tudo isso com o coração, pensar em como impedir que as crianças morram, porque usamos recursos públicos para tudo, menos para cuidar da natureza.”

Fonte: Paulo Virgilio/ Agência Brasil

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O impacto dos seres humanos sobre o meio ambiente

Sessenta e três anos depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o mundo necessita de uma nova declaração universal, desta vez de obrigações humanas, tanto dos indivíduos quanto dos estados, a fim de deter a progressiva deterioração do ambiente de nosso planeta.

Quando mencionamos uma sociedade muito pouco ecológica, falamos de umsistema capaz de destruir recursos naturais, sem se preocupar com a enorme biodiversidade nele existente. Vivemos no século XX um verdadeiro período de destruição em massa de animais e viveremos neste século XXI outro ciclo de destruição em massa agora de seres humanos, se algo não for feito para mudar nosso padrão de relacionamento com o meio ambiente.

Enquanto o homem não aprender a preservar o que é bom e necessário para sua própria vida, será muito difícil haver, de uma forma eficaz, a efetuação em massa da conservação de bens coletivos. É válido lembrar que coletivo não deveria ser encarado como sendo somente a natureza, mas também o meio urbano, que é coletivo a todos, afinal, somos nós quem o construímos e modificamos.

Na vida, só existem processos. Os seres e objetos são apenas a parte aparente desses processos. E todos eles (os processos), além de não terem origem, não tem fim (vêm do infinito e vão para o infinito, em constante movimento e transformação). Os seres que surgiram na água (as primeiras formas de vida na Terra teriam surgido na água) evoluíram para os peixes, plantas aquáticas etc. Os que experimentaram a vida fora da
água evoluíram para os répteis, batráquios, anfíbios etc. Os que se adaptaram à vida fora da água evoluíram, no mesmo atrito com a natureza, só que muito mais hostil, para as formas que aí estão, das aves aos mamíferos, incluindo a espécie humana.

Tais processos duram bilhões de anos, acontecem no atrito constante entre a espécie e a natureza, pela sua sobrevivência, e que garante a evolução. Toda matéria orgânica, para poder sobreviver, precisa reconhecer e entender a mensagem da mãe natureza, do contrário sucumbe diante das suas reações. Não há nenhuma matéria orgânica viva, no planeta, que não tenha um mínimo de entendimento de sua realidade
ecoambiental. Até mesmo o mais primário dos vegetais dispõe de grau mínimo de entendimento , do contrário não teria se adaptado e já teria desaparecido, como aconteceu com várias formas de vida.

Talvez seu cachorro corra até a porta quando você está para chegar em casa. Perceba com antecedência a aproximação de uma tempestade e fique desesperado quando ocorre a queima de fogos de artifício. Este “entendimento”, que pode ser considerado por alguns como sexto sentido , precisa ser devidamente pesquisado e compreendido pela humanidade.

As pessoas são muito manipuladas pelo interesse econômico e não conseguem enxergar as coisas claramente. Vemos nos dias atuais, discursos bonitos em prol da preservação ambiental,que não saem do papel.Precisamos por em prática um novo modelo de desenvolvimento, abarcando um nova postura, onde haja a preocupação com a biodiversidade, incluindo aqui, obviamente, o ser humano.

As mortes em massa de animais nos Estados Unidos na virada do ano detonaram uma onda de especulação sobre as causas dos episódios. Primeiro, 3 mil pássaros negros caíram do céu na pequena cidade de Bibi, no Arkansas. Todos os pássaros apresentavam hemorragias, além disto foi registrada a morte de 100 mil peixes no rio Arkansas. Mais ao sul, no Estado da Louisianna, outros 500 passarinhos caíram dos céus. Alguns
apresentam asas e espinhas quebradas. A análise dos profissionais competentes descartou sinais de infecções ou de doença contagiosa. Foi o que constatou a autópsia realizada pelo Instituto Nacional de Veterinária (SVA, em sua sigla em sueco) em cinco aves.

Dezenas de pássaros,também, foram encontrados mortos nas ruas da localidade sueca de Falköping. Veterinários estão agora a analisar a causa da morte das gralhas-de-nuca-cinzenta, mas assinalam a existência de um espectáculo de fogo de artificio, próximo do local onde os pássaros foram encontrados.

As autoridades dizem que o tempo frio, as dificuldades em encontrar comida e um possível susto devido ao fogo de artificio podem ter causado stress nos pássaros que morreram. Nos últimos dias seguintes têm sido frequentes as notícias acerca de morte massiva de pássaros.

Os biólogos estão a investigar a causa da morte dos pássaros no Arkansas. Cientistas acreditam que o estresse causado por fogos de artifício do Ano-Novo pode ter causado a morte dos pássaros. As dezenas de pássaros que apareceram mortos nas ruas da cidade sueca de Falköping morreram devido a hemorragias internas provocadas por “trauma físico extremo”, informaram na quinta-feira,(6/1), as autoridades do país nórdico.

No Brasil, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (CEM-UFPR) verificaram que na segunda-feira (3/1), milhares de peixes apareceram mortos no local. Os técnicos aguardam o resultado do laudo para confirmar o motivo da mortandade dos animais. Entretanto, segundo informação do capitão Edson Oliveira, coordenador regional no Litoral da Defesa Civil, ao que tudo
indica os peixes não estão mais morrendo.

Comemorações com fogos de artifício são traumáticas para os animais, cuja audição é mais acurada que a humana e segundo pesquisas são capazes de pressentir eventos sísmicos importantes. Devido a ocorrencia dos fogos de artíficio, os cães latem em desespero e, até, enforcam-se nas correntes. O gatos têm taquicardia, salivação, tremores, medo de morrer, e escondem-se em locais minúsculos, alguns fogem para nunca mais serem encontrados. Há animais que, pelo trauma, mudam de temperamento.

Em nome de uma comemoração da chegada do Ano Novo, em nome da paz, o ser humano atrita com a natureza, que emite sua resposta implacável. No Brasil, a passagem de ano era considerada como uma uma festa de cunhoreligioso e frequentada por moradores de Copacabana e devotos. Desde meados da década de 80 do século passado com a sofisticação, adesão dos hotéis da orla da praia de Copacabana e o apoio das autoridades, o Reveillon de Copacabana transformou-se num dos principais eventos de
final de ano do mundo, recebendo mais de 2 milhões de pessoas que juntos celebram o novo ano e a paz.

Neste réveillon a queima de fogos no Rio de Janeiro durou mais de 20 minutos. Muitas outras cidades brasileiras , também, promoveram este tipo de evento. Os shows da virada de ano ao redor do mundo, foram marcados com a queima de fogos de artifício em Sydney ( Australia), Tokyo( Japão),(Ahmedabad) India, Times Square(Nova Iorque), (Hong Kong) China, Petersburg( Russia) , Edimburgo ( Escocia) , Karachi (Paquistão),
Londres ( Pasquitão), entre outros.

Quinze tremores de terra de diversas intensidades atingiram na quarta-feira, 5 /1 o centro e o sul do Chile, mas sem deixar vítimas ou danos materiais. A informação foi divulgada pelo Instituto de Geofísica da Universidade do Chile, que indicou que apenas três terremotos ultrapassaram os quatro graus de magnitude na escala Richter. O primeiro deles, com magnitude de 4,2 graus, aconteceu às 4h05 da hora local (5h05
de Brasília), com epicentro a sete quilômetros ao norte de Tirúa, na região de Bio Bio, e a 25,6 quilômetros de profundidade.Um novo sismo, que chegou à magnitude de 4,4 graus na escala Richter, ocorreu às 16h35 da hora local (17h35 de Brasília) na zona central do Chile, com epicentro a 44 quilômetros ao oeste da cidade de Los Andes, vizinha a Santiago, e a 68 quilômetros de profundidade.

O último dos maiores sismos, de 4,2 graus de magnitude, aconteceu às 22h43 da hora local (23h43 de Brasília), com epicentro a 31 quilômetros ao sul da cidade de Iquique e a 43,6 quilômetros de profundidade.No domingo, 2/1, um terremoto de 6,9 graus na escala Richter, com várias réplicas, fez os chilenos lembrarem a catástrofe de 27 de fevereiro de 2010, quando um sismo de 8,8 graus devastou parte do centro e do sul dopaís.

O Conselho Nacional de Investigação Científica e Técnica (CONICET)afirmou que o Nahuel Huapi, localizado na cidade turística de Bariloche, após o sismo no Chile, apresentou uma faixa de águas claras, que se foi expandindo até cobrir mais da metade da superfície.Cientistas argentinos atribuiram o fenômeno à suspensão de camadas de sedimentos deslocadas pelo terremoto, mas não descartam novas hipóteses.

O fenômeno chamou a atenção de especialistas, mas também de curiosos e fiéis, pois histórias de nativos dizem que nas águas azuis do lago, com cerca de 500 metros de profundidade, vive uma espécie de animal misterioso, uma versão latino-americana de monstro do lago Ness, da Escócia.

O Nahuel Huapi está localizado a 600 000 quilômetros de Buenos Aires, no sopé da Cordilheira dos Andes, na fronteira com o Chile, onde no domingo passado aconteceu um terremoto de 6,9 graus na escala Richter.

Dois terremotos de média intensidade atingiram o Irã no sábado (8/1),deixando um número inda indefinido de vítimas e consideráveis danos materiais na província de Fars, no sul do país, informou a emissora de televisão estatal.

Segundo a fonte, os tremores foram sentidos às 3h54 da hora local (22h24 de sexta-feira pelo horário de Brasília), e atingiram 5 e 5,1 graus na escala Ritcher. Equipes de emergência e de socorro foram enviadas à zona para atender a população, acrescentou a fonte. Estas regiões do sul e do leste do Irã foram abaladas durante os últimos dias por uma alta atividade sísmica, com terremotos nas cidades de Zahedan, Bam, Jash e Iranshahr.

Os 950 desastres naturais de 2010 deixaram 295 mil mortos e causaram um prejuízo de US$ 130 milhões. A quantidade de desastres é muito superior à média dos últimos 30 anos, que é de 615 casos, afirmou nesta segunda-feira a seguradora alemã Munich Re. Destes 950, nove décimos foram eventos climáticos como tempestades e inundações.

Um dos terremotos mais devastadores na história dos últimos 100 anos foi o do Haiti, que aconteceu em 12 de janeiro de 2010, matou mais de 220 mil pessoas e resultou em uma tragédia humana de uma escala impressionante. Apenas o terremoto de Tangshan, na China, em 1976, matou mais pessoas (242 mil).

Cinco centenas de vezes mais energia do que no terremoto do Haiti foi liberada pelo terremoto que atingiu o Chile pouco mais de um mês depois.
Com perdas totais de US$ 30 bilhões, o tremor de fevereiro no Chile foi a catástrofe mais cara do ano passado. O Chile é um país com construções preparadas para a alta exposição a terremotos. Como resultado, houve relativamente poucas vítimas humanas, apesar da gravidade do terremoto - o quinto mais forte já medido.

Este total torna 2010 o ano com o segundo maior número de catástrofes naturais desde 1980 (ano a partir do qual existem dados sobre as catástrofes), sensivelmente superior à média anual para os últimos 10 anos, que é de 785 eventos por ano.

O tema da paz é parte inerente essencial da luta por um outro mundo possível, justo, humano e pacífico, coincidência ou não , é preciso aprofundar os estudos referentes aos impactos dos fogos de artifício no meio ambiente. A morte vinda dos céus , representada pelos pássaros e no outro extremo, a morte dos peixes , pode ser um alerta sobre a incidência dos terremotos, que estão sendo registrados com maior
freqüência no primeiro trimestre do ano novo.

O Brasil conta com tudo para ser o pioneiro de uma civilização ecologicamente sustentável, dispensando este tipo de comemoração que envolve os fogos de artifício, tão perigosa para a natureza, vamos dar nosso bom exemplo, enquanto é tempo!

Texto de: Vininha F. Carvalho – jornalista, economista, administradora de
empresas, ambientalista. Presidente da Fundação Animal Livre (www.animalivre.org.br)


E a galera preocupada com o novo BBB e a entrada do Ronaldinho no Flamengo!!
A alienação é realmente preocupante.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Russos criam prédio autossustentável e à prova de catástrofes


Arquitetos russos projetaram um prédio considerado por eles ecologicamente autossustentável e que, ainda por cima, é capaz de resistir à maioria dos desastres naturais. Segundo os arquitetos, a estrutura seria utilizada principalmente como moradia e como hotel.

O Projeto Arca, como é chamado, foi concebido pela empresa Remistudio com o apoio do programa Arquitetura de Auxílio contra Desastres da União Internacional de Arquitetos, pensado especialmente como solução para catástrofes.

Principais características
A Arca pode resistir a maremotos, terremotos, furacões e outros desastres naturais. Ainda por cima, durante um desses momentos extremos, o prédio pode se autosustentar.

A construção em forma de concha, com arcos e cabos, permite a melhor distribuição do peso, por isso a resistência a terremotos. Já o ambiente de estufa tem uma grande vegetação que ajudaria na qualidade do ar e no fornecimento de alimento. O projeto utiliza painéis solares para a captação de energia e um sistema de coleta de água pluvial para o abastecimento de água.

Por causa da estrutura transparente, a luz é filtrada através de salas internas para reduzir a necessidade de iluminação. O quadro é coberto por uma película especial feito de Etil tetrafluoretileno (ETFE). Trata-se de uma película altamente transparente forte, autolimpante, reciclável, mais durável, mais econômica e mais leve que o vidro. A solidez estrutural é fornecida pelo comportamento de compressão dos arcos de madeira e da tensão das cordas de aço.

Saia de férias sem prejudicar o meio ambiente.


A preparação para as férias, ou feriados prolongados, pode ir além de reservar com antecedência as vagas dos melhores cursos, hotéis ou vôos pelo mundo. Lembre-se de algumas medidas para ser um viajante ecológico:

• Use ônibus ou trens para distâncias menores que 900 km (aviões usam muito combustível para decolar e pousar;

• Não voe à noite. Os rastros do avião (aqueles desenhos de fumaça no céu) refrescam a atmosfera durante o dia. Mas os vôos noturnos esquentam a atmosfera e contribuem mais da metade para o aquecimento global que os vôos diurnos;

• Para neutralizar a poluição gerada pela sua viagem, visite sites como www.travelmatters.org ou www.carbononeutro.com.br, para saber como ajudar o planeta;

• Escolha hotéis ou pousadas com recursos ecológicos e/ ou sustentáveis e, se o trânsito local não for menos caótico do que o do Brasil, prefira alugar bicicletas a andar de táxi;

• No hotel, opte por não ter roupas de cama e toalhas trocadas diariamente;

• Coma pratos da culinária nativa do lugar visitado, e pense se realmente precisa comprar presentinhos com cara de Free Shop se há opções de produtos de artesanato ou cosméticos naturais locais, por exemplo;

• Tome água potável ou mineral, mas prefira usar a mesma garrafinha, se possível. Não deixe rastros de plástico!

Fonte: Yoga Journal

Família britânica produziu apenas uma sacola de lixo em 2010


O casal Richard e Rachelle Strauss e a filha Verona, de 9 anos, reciclam praticamente tudo, plantam grande parte da própria comida e transformam restos de alimento em adubo.

Além disso, eles compram produtos diretamente de produtores locais para evitar embalagens em excesso e quando vão ao açougue, por exemplo, eles levam os próprios recipientes.

Em 2009, eles conseguiram reduzir sua produção de lixo para apenas uma lata. Em 2010eles decidiram aumentar o desafio e não produzir lixo nenhum.

"Estamos muito felizes com o resultado. Nós sabíamos que produção 'zero' de lixo seria impossível, mas se você não colocar as metas lá no alto, nunca vai saber o que pode alcançar", disse Rachelle Strauss.

A pequena sacola de lixo continha alguns brinquedos quebrados, lâminas de barbear, canetas e negativos fotográficos.

A ideia de reduzir drasticamente a produção de lixo da família surgiu em 2008, mas quando Rachelle falou com o marido sobre sua proposta, percebeu que ele não estava interessado.

"Richard só resolveu encampar a ideia depois de ler uma série de artigos sobre os danos causados à vida marinha pela contaminação por plástico. Ele ficou muito impressionado", disse Rachelle à BBC Brasil.

Os Strauss começaram o desafio reduzindo o uso de plástico. Depois, passaram a reciclar e reaproveitar cada vez mais, além de usar baterias recarregáveis e painéis solares para gerar energia.

"Para quem quer reduzir a produção de lixo, minha primeira dica seria pensar no que você está comprando e escolher produtos com menos embalagem e com invólucros que sejam recicláveis. Em segundo lugar, é importante evitar o desperdício de alimento. Aqui na Grã-Bretanha, um terço da comida que compramos acaba no lixo. Em terceiro lugar, tente reciclar o máximo que puder", aconselha Rachelle.

Fonte: Uol

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mudança no polo magnético da Terra faz aeroporto pintar pistas

Uma mudança no eixo magnético da Terra obrigou o aeroporto de Tampa, nos Estados Unidos, a fechar sua pista para reformas. A derivação do Polo Norte magnético obrigou a administração do aeroporto, que fica na Flórida, a repintar as pistas de pouso para que as informações de direção de pouso permanecessem compatíveis com o indicado pelas bússolas.

O nosso polo magnético tem se movido a uma velocidade de mais de 60 km/ano em direção à Rússia, dizem os pesquisadores. Com isto, bússolas de todo o mundo apontam para direções levemente diferentes, alterando a leitura de instrumentos que dependam de suas medidas. Além de aviões, navios e até mesmo o aplicativos para celular, como o Google Maps, e programas de Astronomia podem ser afetados pelo movimento do polo - mas nada que uma atualização não resolva.

Apesar de aviões comerciais disporem de equipamentos como GPS, que não dependem da posição exata do polo magnético, os padrões aeronáuticos ainda se baseiam na medida de bússolas convencionais. Por isto o aeroporto de Tampa será fechado e suas pistas repintadas indicando a nova direção relativa dela em relação ao polo, informa o jornal local.

Tampa Bay Tribune.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Casca de banana transformada em pó pode despoluir água


Esnobada por indústrias, restaurantes e até donas de casa, a casca de banana pode em breve dar a volta por cima.

Descobriu-se que, a partir de um pó feito a partir dela, é possível descontaminar a água com metais pesados de um jeito eficaz e barato.

O projeto é de Milena Boniolo, doutoranda em química pela Ufscar (Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista), que teve a ideia ao assistir a uma reportagem sobre o desperdício de banana no Brasil.

“Só na Grande São Paulo, quase 4 toneladas de cascas de banana são desperdiçadas por semana. E isso é apenas nos restaurantes”, diz a pesquisadora.

Boniolo já trabalhava com estratégias de despoluição da água, mas eram métodos caros – como as nanopartículas magnéticas -, o que inviabilizava o uso em pequenas indústrias.

Com as cascas de banana, não há esse problema. Como o produto tem pouquíssimo interesse comercial, já existem empresas dispostas a simplesmente doá-las. “Como o volume de sobras de banana é muito grande, as empresas têm gastos para descartar adequadamente esse material. Isso é um incentivo para que elas participem das pesquisas”, afirma.

O método de despoluição se aproveita de um dos princípios básicos da química: os opostos se atraem. Na casca da banana, há grande quantidade de moléculas carregadas negativamente. Elas conseguem atrair os metais pesados, positivamente carregados.

Para que isso aconteça, no entanto, é preciso potencializar essas propriedades na banana. Isso é feito de forma bastante simples e quase sem gastos de energia.

As cascas de banana são colocadas em assadeiras e ficam secando ao sol durante quase uma semana. Esse material é então triturado e, depois, passa por uma peneira especial. Isso garante que as partículas sejam uniformes. O resultado é um pó finíssimo, que é adicionado à água contaminada. Para cada 100 ml a serem despoluídos, usa-se cerca de 5 mg do pó de banana.

Em laboratório, o índice de descontaminação foi de no mínimo 65% a cada vez que a água passava pelo processo. Ou seja: se for colocado em prática repetidas vezes, é possível chegar a níveis altos de “limpeza”.

O projeto, que foi apresentado na dissertação de mestrado da pesquisadora no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), foi pensado com urânio, mas é eficaz também com outros metais, como cádmio, chumbo e níquel – muito usados na indústria. Agora, segundo ela, é preciso encontrar parceiros para viabilizar o uso da técnica em escala industrial.

Fonte: Folha.com

sábado, 1 de janeiro de 2011

Retrospectiva Ambiental 2010


Final de ano é tempo de fazer promessas para ano que se aproxima, além, é claro, de relembrar os fatos que nos marcaram durante o ano que se finda. Infelizmente, não somente coisas boas; mas mesmo as mais difíceis têm seus aspectos positivos

Hoje, 1 de janeiro de 2011, tarde chuvosa (de verão por incrível que pareça), pessoas festejaram incessantemente a passagem do ano, acreditando em um mundo melhor.

Dia 05 este blog faz aniversário, seu primeiro aninho de vida, e creio que durante todo o ano de 2010 foi possível cumprir o seu objetivo, o de levar um pouco de informação sobre atitudes positivas em relação ao meio ambiente, apesar do mundo tão conturbado que estamos vivendo.

O ano de 2010 está terminado, e esse tal meio ambiente?
É por isso que faço uma retrospectiva sobre alguns dos acontecimentos que marcarm o meio ambiente em 2010:

Eleições Presidenciais: Marina Silva - Embora não tenha sido eleita, e nem ao menos ter chegado ao 2º turno, Marina Silva foi a grande surpresa das eleições. A então candidata do Partido Verde levou à discussão das questões ambientais ao centro do debate eleitoral, fazendo os demais candidatos mudar de postura, e até mesmo de opinião. A ex-senadora Marina Silva teve 20 milhões de votos.

Vazamento de petróleo no Golfo do México -
O acidente na plataforma Deepwater Horizon, da empresa BP, vitimou 11 pessoas e causou um dos maiores desastres ambientais do mundo. Cerca de 200 milhões de galões de petróleo vazaram no Golfo do México, ao longo de vários meses a partir de abril. O prejuízo financeiro foi de aproximadamente 11, 2 bilhões de dólares, já o ambiental é inestimável.

Mudanças no Código Florestal Brasileiro - As alterações no Código Florestal apresentam mudanças significativas, entre elas estão: a redução das áreas de preservação permanente (APPs), como matas ciliares e topos de morro, e as reservas legais (RLs), que são partes de propriedades privadas que não podem ser desmatadas.
A votação do novo Código Florestal deve ocorrer logo no início de 2011.

Política Nacional de Resíduos Sólidos - A Lei de Resíduos Sólidos é um grande progresso para solucionar a questão do lixo no país. Ela deverá incentivar todo um novo setor da economia baseado na reutilização e reciclagem, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a geração de “empregos verdes”.

COP-16 e seu final relativamente positivo - Apesar da COP-16 não ter terminado com um grande acordo sobre a redução de gases do efeito estufa, algumas surpresas positivas vieram de Cancún.Uma delas foi a criação do “fundo verde” que até 2020 deverá liberar US$ 100 bilhões por ano com o objetivo de apoiar os países em desenvolvimento.


É bom lembrar que, junto com o novo ano, um novo governo se inicia… e precisamos torcer e fazer parte dessa mudança.

As alterações sobre o meio ambiente influenciam diretamente em nosso modo de vida e por isso devemos pensar em ações e atitudes mais sustentáveis que preservem o meio ambiente para que em 2011 possamos ter uma qualidade de vida melhor.

FELIZ 2011 a todos!!