quarta-feira, 22 de agosto de 2012

‘Privada do futuro’ paga por Bill Gates estará à venda em 2015, prevê criador


Muito Interessante!!



Na busca por uma solução para os problemas sanitários do mundo, o fundador da Microsoft, Bill Gates, decidiu inovar: lançou um concurso entre oito universidades internacionais para que elas criassem novos modelos de vasos sanitários baratos e sustentáveis.
O projeto vencedor, criado por uma equipe de cientistas do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia, na tradução do inglês), deve estar pronto para ser usado pelo público e comercializado daqui a 30 meses, em fevereiro de 2015, disse ao G1 o autor do projeto, o professor de engenharia Michael Hoffmann.
A “privada do futuro” é autossuficiente e movida a energia solar, afirma Hoffmann. Formada por sete pesquisadores (todos PhDs, segundo o professor), a equipe da Caltech montou o projeto dentro da cúpula do terraço de um laboratório da faculdade.
Três protótipos foram criados: uma privada comum, um mictório e uma fossa. Os vasos sanitários foram instalados em um patamar mais alto, enquanto um tanque abaixo faz as reações químicas que vão oxidar as “necessidades”.
A energia solar é utilizada para uma reação que transforma as fezes em fertilizantes e gás hidrogênio, de acordo com Hoffmann. O gás alimenta baterias que podem ter várias finalidades, inclusive dar energia extra ao vaso sanitário durante à noite e em dias nublados, segundo os autores do projeto.
As privadas “operam em um sistema fechado, em que a água passa por um sistema de reciclagem interna para ser totalmente reaproveitada”, ressalta o pesquisador. Além de servir para o vaso sanitário, a água sai pronta para ser direcionada para irrigação, por exemplo.
Hoffmann ressaltou que o sistema está sendo desenvolvido há anos pensando nos países mais pobres, onde o acesso ao saneamento é muito baixo
“O vaso é independente de infraestrutura urbana, como rede elétrica, e de sistemas subterrâneos de recolhimento de esgoto”, disse ele em um vídeo da Caltech que explica a “privada do futuro”.
Hoffmann disse ao G1 que o projeto vai ser incorporado às teses de PhD de seus alunos. “Ainda houve pesquisas laboratoriais fundamentais que fizemos para provar que o sistema funciona”, disse. A equipe contou com apoio de outros cientistas e alunos da Caltech no projeto.

Fonte: Globo Natureza



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