terça-feira, 10 de setembro de 2013

Desacelere e pare de Crescer!



Esta exclamação bem que poderia estar vindo de alguma espécie extraterrestre superinteligente, observando de longe os terráqueos consumindo todos os seus recursos e caminhando para sua extinção. Mas ela está partindo dos próprios seres humanos, alguns deles economistas e líderes bem conscientes do estado do mundo.

Você já reparou que o senso de urgência nas vidas das pessoas aumentou vertiginosamente nos últimos anos? Tudo é pra ontem, tudo é de última hora, tudo é urgente e importantíssimo. Qualquer coisa pode acontecer desde que sua fonte de renda não seja prejudicada. A venda máxima de produtos e serviços é o objetivo absoluto, seja qual for o meio utilizado. Essa busca frenética por produção e resultado pode impulsionar um crescimento quantitativo da economia, mas de longe isso não se reflete em melhoria na qualidade de vida ou felicidade das pessoas. O transporte continua ruim, a saúde nem se fala, só ricos tem educação de qualidade, poucas pessoas tem tempo para diversão, todos estão expostos a falta de segurança e todos sofrem ou sofrerão com os danos da poluição. Fato.
Por que os países continuam perseguindo tanto o crescimento do PIB (indicador quantitativo) e não o de desenvolvimento humano? Por que as empresas buscam crescimento sobre crescimento, como se pudessem aumentar suas vendas infinitamente? Por que as pessoas aceitam esse sistema? Por que perseguem tanto a riqueza monetária se nem conseguem usufruir do que acumulam?

Alguns economistas estão faz tempo alertando que já ultrapassamos o limite físico e natural do crescimento. Que não existe ganho econômico sem alguma perda ao meio ambiente. Que  a conta financeira do mundo, cheia de externalidades, já é tão grande que teremos que rever todo o sistema de financiamento do planeta para ajudar alguns países a arcarem com custos provenientes de crises ambientais. Isto se, daqui ha algumas décadas não cairmos em guerras generalizadas entre nações em busca de recursos e espaço.

Pois bem: se crescimento não significa prosperidade no sentido de qualidade de vida, estes economistas já começam a propor a teoria do Estado Estacionário na economia. Isto significa que países, empresas e pessoas podem perseguir um crescimento econômico (e ter apoio para isso) somente até atingirem níveis satisfatórios de desenvolvimento humano. Uma vez dispondo dos recursos para satisfazer as necessidades básicas de uma população, estes países estacionam suas economias para dar espaço e apoio aos mais necessitados, até que tenhamos um mundo mais equilibrado e harmônico.

Uma pessoa para ser feliz precisa viver em tempos de paz (sem guerras), ter acesso a moradia, ter educação, ter saúde e ter liberdade para se locomover e ter tempo para vida social. Inúmeras pesquisas e estudos já provaram que estes são os quesitos mais importantes para que o planeta viva em um equilíbrio mais sustentável. E muitas destas coisas não tem preço estipulado, ou seja, são externalidades da economia, termo citado anteriormente.

Onde foi então que erramos, criando uma economia baseada em ganhos financeiros através do consumo e todos os aspectos negativos que o acompanham? Na deturpação tal de valores que faz altos executivos pagarem fortunas para ouvir teóricos como Phillip Kotler, Porter e outros figurões defenderem o capitalismo posicionando a crise ambiental como oportunidades de mercado para mais ganhos financeiros ainda?

Bom, mas antes que este texto se transforme em um muro de lamentações ou críticas ao capitalismo aberto, vamos a algumas ideias que podem reverter esse quadro deixando os extraterrestres-amigos mais tranquilos quanto ao futuro dos humanos na terra:

(1)  Externalidades: considerar no preço das coisas o valor ambiental para recuperação das áreas degradadas ou da remediação de problemas colaterais (aquecimento global, exaustão de recursos, problemas sociais e etc). Já existem cálculos deste tipo e as coisas ficarão tão caras que teremos que rever nossos níveis de produção e de consumo;

(2)  Estacionar economias: não precisamos crescer infinitamente, mas sim buscar equilíbrio e qualidade de vida. Atingindo estes níveis paramos de crescer e buscamos a manutenção;

(3)  Desacelerar: não precisamos trabalhar 5 dias por semana e descansar 2. Não precisamos trabalhar o dia inteiro. Precisamos diminuir o tempo de trabalho e aumentar o tempo de diversão, principalmente, a diversão gratuita, sem consumo de recursos;

(4)  Regulamentar propaganda: diminuir drasticamente o incentivo ao consumo, principalmente de produtos supérfluos. Mídia que deseduca, confundindo as pessoas em detrimento da persuasão à compra, não deve ser livre e sim pagar uma compensação por manipulação para um fundo destinado a educação;

(5) Desonerar iniciativas de desenvolvimento sustentável: novos negócios e produtos prometem diminuir muito impactos ambientais. Incentivar estas práticas através de menos impostos. A abordagem para estes novos negócios é para satisfazer necessidades e não para o ganho financeiro a curto prazo (novos meios de locomoção, por exemplo, ao invés de carros mais modernos);

(6) Reverter prioridade nas cidades: rever a administração das cidades para terem espaços públicos mais voltados a transporte coletivo e convivência dos habitantes. As cidades são para as pessoas e não para os carros.

A Promenade, de Paris, transformou um viaduto (assim como o elevado de SP) em uma longa passarela verde para pedestres. Menos lugar para os carros, mais para as pessoas.
Algumas destas e muitas outras ideias foram publicadas recentemente na revista Superinteressante, edição especial, que aliás, incentivou o texto acima. Vale muito a leitura e a reflexão!


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Virada Sustentável 2013 começa nesta quarta em São Paulo



A terceira edição da Virada Sustentável, evento que espera ampliar o acesso à informações sobre sustentabilidade a partir de uma abordagem positiva para a população, será lançado oficialmente às 20h desta quarta, dia 5, no Centro Cultural São Paulo (CCSP).

De acordo com os organizadores, serão mais de 600 atrações distribuídas em mais de 100 espaços espalhados por São Paulo entre os dias 6 a 9 de junho.

Para marcar o lançamento do evento, nesta quarta ocorre o plantio de uma muda de pau-brasil no Memorial da América Latina, além da Bicicletada de Abertura da Virada Sustentável, saindo do Centro Cultural São Paulo para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente e o início da Virada Sustentável.

A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento. http://www.viradasustentavel.com/site/

A escritora Patrícia Secco foi a vencedora do júri popular (on-line) no Prêmio Virada Sustentável 2013, envolvendo uma lista de 100 pessoas que estão transformando São Paulo num lugar mais sustentável e melhor para se viver. Especializada em livros voltados ao público infanto-juvenil, com mais de 250 títulos publicados, Patrícia é responsável pelo projeto Ler é Fundamental de incentivo a leitura, que já distribuiu mais de 20 milhões de livros gratuitamente em parceria com inúmeras empresas e instituições.Também atuou na área das artes cênicas, tendo produzido oito peças que levaram mais de 200 mil crianças gratuitamente ao teatro. E sustentabilidade é o tema sobre o qual versa a maior parte de seu trabalho.

O segundo vencedor do Prêmio, escolhido pelo júri do Conselho Curador da Virada Sustentável, será anunciado nesta quarta, dia 5 de junho, durante cerimônia de entrega da premiação e lançamento oficial da edição 2013 da Virada Sustentável, em evento aberto ao público no Centro Cultural São Paulo (CCSP), a partir das 20h.

A Virada Sustentável – Idealizada por comunicadores que reconhecem a importância da abordagem positiva de um tema para gerar o envolvimento das pessoas, o evento teve sua primeira edição em 2011, quando reuniu mais de 500 mil pessoas em 482 atrações distribuídas em 78 espaços. No segundo ano, mais distribuída por São Paulo, com ações e atrações em todas as regiões da cidade, a Virada se reuniu em torno de 740 mil pessoas em 612 atividades gratuitas localizadas em 149 locais.

Fonte: Terra

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Horta de 1000m² cobre terraço de Shopping em São Paulo



O Shopping Eldorado, em São Paulo, destaca-se no cenário urbano da Marginal Pinheiros ao transformar seu terraço em uma horta de mil metros quadrados. O espaço coberto de concreto e propício a acumular calor, agora produz berinjelas, jiló, alfaces etc, que vão parar nos pratos dos funcionários.

A construção de hortas em telhados, além do ganhar com a produtividade do alimento, ajuda na redução do efeito de concentração de calor e no sequestro de carbono, já que hortaliças adoram CO2, gás presente em abundância em grandes centros urbanos.
O legal também é que o adubo, que faz com que as plantas se desenvolvam, é fruto do desperdício na praça de alimentação do Eldorado. De acordo com o Plante Sustentável, o empreendimento utiliza 14 toneladas de adubo por mês, todo ele proveniente da reciclagem de 25% das 300 toneladas de lixo geradas no local mensalmente.
Segundo o engenheiro agrônomo, Rui Signori, a compostagem é utilizada há um ano e seu processo foi acelerado para 3 horas, em vez de 180 dias, graças a duas enzimas que auxiliam na aceleração da decomposição.
Até ao final do ano, Signori pretende cobrir todo o teto, que possui 9.800 metros quadrados. O projeto custa R$12 mil por mês. "Daqui cinco anos, vai ser praticamente inviável mandarmos lixo para o aterro devido às taxas. Quando o projeto ganhar corpo, teremos uma grande economia", prevê o técnico de operações Tiago de Lima Silva.
Além disso, o shopping pretende futuramente diminuir em um grau a temperatura interna do local.

Fonte: www.ecodesenvolvimento.org


sábado, 6 de abril de 2013

Pesquisadores brasileiros planejam criação de sensor popular para detectar água potável



Já imaginou poder analisar sozinho se a água que você vai utilizar é potável ou não? Em breve isso pode ser uma realidade. Pesquisadores brasileiros aceitaram o desafio de criar um nanossensor de baixo custo e fácil de usar, capaz de saber se uma amostra de água está limpa ou suja.
Os sensores poderão ser utilizados também para avaliar a qualidade de resíduos industriais em águas de rios e lagos e do nível de contaminação da água por contaminantes biológicos, metais pesados e defensivos agrícolas.
Intitulado de "sensor popular", já que poderá ser usado pela população, ele será capaz de identificar a presença de três poluentes na água. São eles: Escherichia coli (bactéria responsável por graves problemas intestinais), metais pesados e glifosato (herbicida).
Os responsáveis pelo projeto são especialistas nas áreas de física, química e biologia. "Um dos fatos que provocou esse programa foi imaginar que a Amazônia é um 'mar de água' e que não é potável. A população ribeirinha também não sabe se pode beber a água", disse o professor Ennio Candotti, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ao site Inovação Tecnológica.
O professor Celso Pinto de Melo, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), lembrou também a importância dessa tecnologia para a população brasileira que é castigada pela seca. Estas pessoas costumam andar quilômetros para conseguir um pouco de água sem ao menos saber a qualidade do que vai encontrar e consumir.
O pesquisador Carlos César Bufon afirmou que os sensores nanoestruturados também poderão ser utilizados para avaliar a qualidade de resíduos industriais em águas de rios e lagos e do nível de contaminação da água por contaminantes biológicos, metais pesados e defensivos agrícol

Fonte: Portal EcoD http://www.ecodesenvolvimento.org

domingo, 10 de março de 2013

Empresa cria colchão feito de garrafas PETs que não propaga fogo



Quando adquirimos os móveis para casa, não costumamos observar se eles possuem algum certificado de segurança comprovada por autoridades. O que é preocupante, uma vez que, segundo o Ministério da Saúde, além de produtos inflamáveis, as cortinas, toalhas e colchões costumam ser os responsáveis pela propagação do fogo em um incêndio acidental.

Preocupada com essas causas de acidentes a empresa Trisoft criou um colchão com sistema Petfom que une segurança e sustentabilidade. Ele é feito de garrafas PETs retiradas do meio ambiente e, posteriormente, recicladas, que não propagam fogo em caso de incêndio acidental.

De acordo com a empresa, o sistema tem performance superior quando comparado as espumas utilizadas normalmente com a mesma finalidade, obtendo melhor desempenho contra deformação, oxidação, proliferação de microrganismos e aumentando a sua vida útil.

Além disso, o PETfom é auto-extinguível, não propaga fogo e não serve como combustível em caso de incêndio, deixando de emitir qualquer subproduto tóxico como fumaça.

O colchão, além de sanar uma preocupação com a segurança, retira cerca de 1.200 garrafas PETs da natureza, para cada colchão de casal fabricado. Os fabricantes afirmaram ainda que o Petfom também possibilita a otimização de custo.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/verde/empresa-cria-colch%C3%A3o-feito-de-garrafas-pets-que-n%C3%A3o-propaga-fogo

sábado, 12 de janeiro de 2013

Empresa recolhe celulares para reciclagem

A Eco-Cel, empresa com apenas 18 meses de vida, busca aumentar a porcentagem de reciclagem de celulares no Brasil. Para isso, distribui urnas de recolhimento em diversos lugares, e encaminha todos os aparelhos usados para processos de reaproveitamento.
“Hoje temos cerca de 400 urnas, sendo que até o final do ano nosso objetivo é chegar ao número de 800 unidades”, conta Roberto Lucena, diretor da Eco-Cel. Essas urnas são produzidas com papelão, um material reciclável.

O sistema funciona da seguinte maneira: empresas interessadas devem entrar em contato com a Eco-Cel, para que seja instalada a urna da empresa. A Eco-Cel remunera o local de acordo com o número de aparelhos arrecadados, que são recolhidos mensalmente. Chegando nos centros de reciclagem, é realizada uma triagem inicial, separando o material plástico das partes elétricas. A parte plástica fica no Brasil para ser reciclado e voltar a sua cadeira natural. “O restante do celular é totalmente moído, ensacado e levado em contâiners para a Bélgica, Alemanha ou EUA, pois esses são os países que detém a tecnologia e as máquinas necessárias para fazer a extração dos materiais dos celulares, como ouro, alumínio, cerâmica e cobre”, explica Roberto. Depois disso, esses materiais podem ser usados novamente em fábricas e indústrias.
Por enquanto, a distribuição de urnas é feita apenas na cidade de São Paulo, mas a empresa pretende aumentar a ação para o Rio de Janeiro.

Para saber mais acesse: http://www.eco-cel.com/