terça-feira, 20 de abril de 2010

A lenta morte dos oceanos


Gente, recebi este texto e gostei muito!!
Vale a pena dar uma lida!!

bjs a todos da Tatinha


É impressionante como nós seres humanos nos sentimos muito pequenos quando nos pedem para simplesmente recolher o lixo das ruas, limpar nossa sujeira nas praias, reciclar e assim por diante. Muitos de nós dizem que uma só pessoa colaborando não muda nada, logo a ação nem ao menos tem um inicio. De tempos em tempos isso vai aumentando, uns não fazem, outros também não, e quanto mais o tempo passa, nada muda.

Agora eu me pergunto, se nos sentimos tão pequenos para fazer ações cotidianas básicas que contribuem para a limpeza do ambiente e torná-lo harmônico e equilibrado, como nós “pequenos” seres humanos estamos aos poucos conseguindo ACABAR, ELIMINAR, DESERTIFICAR TODA FORMA DE VIDA DA IMENSIDÃO DOS OCEANOS?!

Os humanos estão arruinando vidas que nem ao menos chegaremos a conhecer. As águas profundas dos aceanos ocupam 90% de todo o volume, entre 200 e 7 mil metros submarinos, e podem abrigar até 100 milhões de espécies – mais do que em todo o resto do planeta. A essa profundidade, não há luz para sustentar o fitoplâncton. Portanto, só animais e bactérias circulam. Até os 1 000 metros ainda há um lusco-fusco. Abaixo disso, a escuridão é total. Faz frio, de até 3oC.

“Segundo a ONU, os mares estão em ruínas porque pescamos demais, produzimos lixo, gases do efeito estufa e esgoto demais e bagunçamos os ecossistemas. Pior: nem fazemos idéia do que está acontecendo lá embaixo em conseqüência disso. Ultimamente, aprendemos a pensar que o oceano está trasbordando de tanta água. Mas está acontecendo o contrário: ele está esvaziando, perdendo vida.”

O estudo do oceanógrafo americano Jeff Polovina estimou que, em 10 anos, 6,6 milhões km2 de área produtiva dos mares viraram desertos. Ele usou imagens de satélites que enxergam a “cor” do oceano (preto é o deserto, azul é mais produtivo e verde tem fitoplâncton abundante). E as manchas “pretas” se expandiram à velocidade de um estado do Texas por ano.

Uma das principais causas da lenta morte dos oceanos são as exorbitantes quantidades de gases do efeito estufa. A água do mar está mais quente. Assim, “a ressurgência [fenômeno em que as águas frias e profundas, ricas em nutrientes, sobem à superfície] está diminuindo, porque é mais difícil para a água fria se misturar a águas superficiais, que são quentes e leves”, explica Jeremy Jackson, um dos mais influentes ecologistas marinhos da atualidade. Isso afeta o suprimento de nutrientes na superfície e mata o fitoplâncton. Sem contar ainda a poluição pelo lançamento de esgotos não tratados, derramamento de óleos e produtos químicos, ou seja nossos belos e ricos mares e oceanos estão servindo de depósitos de lixos diversos.

“Recifes de corais são os sistemas mais vulneráveis ao exagero da emissão de carbono na atmosfera. Isso tem desesperado os cientistas. Corais estão para o mar como as florestas tropicais estão para a terra: são campeões de biodiversidade. Tais como as florestas, acredita-se que possam guardar tesouros em termos de substâncias potencialmente curadoras de doenças. Pelo menos dois remédios largamente utilizados por humanos – o AZT, coquetel contra o vírus da aids, e o Acyclovir, que combate o herpes – são derivados de componentes encontrados pela primeira vez em esponjas do mar. E a possibilidade de perder de vez essas riquezas antes mesmo de descobri-las não é pequena. “No Caribe, a cobertura viva de corais já caiu de uma média de 55% em 1977 para 5% em 2001, enquanto as macroalgas que os substituem aumentaram de 5 a 40%”, afirma Jackson. “Nas últimas décadas, a quantidade de corais vivos no mundo diminuiu entre um terço e mais de dois terços”, diz o ecologista marinho. “

“Enquanto não enxergarmos o que acontece nos oceanos, não vamos protegê-los. Dados da Organização Mundial do Turismo mostram que 80% do turismo mundial se concentra no litoral, sendo praias e recifes de corais nossos principais objetos de desejo. Talvez a esperada viagem de mergulho a Abrolhos ou a Fernando de Noronha seja a ficha que falta cair para percebermos que o ecossistema marinho tem um equilíbrio delicado. E que, enquanto bagunçamos todos esses ecossistemas e fazemos pesquisas para descobrir como reverter os estragos, os corais vão silenciosamente perdendo a cor.”

A pesca predatória é um outro agravante que reduziu em grande escala peixes maiores como baleias e tubarões. Quando aquela rede varre os mares, arrasta muitas espécies que não são para consumo, só se aproveita 10% do que é pescado ou ás vezes nem isso, o restante dos peixes que se prendem às redes acabam morrendo.

Precisamos alertar mais as autoridades, os governos e a população a olhar mais atentamente para os oceanos. A falta de conhecimento sobre o que esse imenso ecossistema representa para a vida na Terra, faz com que os humanos não deem importância, não valorizem as vidas que lá estão. Assim como precisamos de ar limpo para respirar e terra fértil para nos alimentar, os animais marinhos necessitam da água pura em todos os sentidos para sobreviver.

Podemos acompanhar mais dados no site do Planeta Sustentável que está com muitos artigos sobre os oceanos. Todas as informações deste texto foram retiradas de lá. Acesse: www.planetasustentavel.abril.com.br .

Vamos conscientizar o máximo de pessoas. NÃO SOMOS PEQUENOS, SOMOS BILHÕES POR TODO ESSE PLANETA!

Bruna Rosalem

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