terça-feira, 20 de abril de 2010

Grupo recolhe 10 milhões de fragmentos de lixo das águas pelo mundo


Mais de 10 milhões de peças de lixo foram colhidas das correntes marítimas do mundo em um único dia ano passado, divulgou nesta terça-feira (13/4) o grupo Conservação Oceânica.

Para Philippe Cousteau, chinelos de praia que apareceram no Ártico da Noruega simbolizam a natureza global do problema do lixo marinho.

O relatório detalhou a quantidade e tipo de lixo que voluntários juntaram em um único dia de 2009, ao longo das costas de seis continentes e em correntes dentro dos continentes. Também informa que cerca de 80% do lixo marinho é gerado nos continentes.

Meio milhão de voluntários
No ano passado, 10.239.538 fragmentos de lixo foram recolhidos das costas e margens em um dia, 19 de setembro de 2009. Cerca de meio milhão de voluntários contribuíram para essa limpeza anual.

O dia da limpeza previsto para 2010 é 25 de setembro.

Mais de 40% do total foi coletado nos Estados Unidos, incluindo coisas como tampas de garrafas, embalagens de latas de cerveja, pontas de cigarro, máquinas de lavar, materiais de construção, fraldas, preservativos e lixo médico.
Os Estados Unidos tinham a maioria dos voluntários, quase o triplo do número nas Filipinas, país que compôs o segundo maior total deles.

Perigo
Cerca de 20% dos itens coletados representa ameaça à saúde pública, incluindo lixo médico contaminado por bactérias, ferramentas em geral, carros e tambores químicos, informa o relatório.
Alguns dos itens também são ameaça para animais marinhos, que podem ficar presos em redes e linha de pesca jogadas fora ou ingerir lixo plástico flutuante.
Enquanto os plásticos vão se acumulando nos oceanos, se parecem muito com organismos do plâncton, que formam a base da cadeia alimentar, diz Cousteau.
Costeau diz que esses plásticos contêm altos níveis de dioxinas, PCBs e outros compostos químicos que podem afetar os hormônios, e também impedir a ingestão de nutrientes, já que as criaturas marinhas acabam morrendo com os estômagos cheios de plásticos.

Fonte: Deborah Zabarenko da Reuters, em Washington para Folha Online

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