quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Como ajudar o seu filho a consumir


Pessoal boa noite

Segue um bate papo com Ana Wilheim, diretora-executiva da ONG Instituto Akatu, sobre como despertar nos pequenos o consumo consciente.

Pode nos dar dicas de como incentivar os filhos, na prática, a consumir sem desperdício?

O discurso com as crianças não pode ser abstrato. A criança acredita no evento que está presenciando. Se vou ao supermercado com meu filho e vejo uma criança pedindo dinheiro na porta, vou parar para conversar. Vou mostrar que aquela criança tem os mesmos direitos, mas está em uma posição em que não deveria estar. Somos corresponsáveis, temos de nos incomodar. São atitudes que ajudam seu filho a diminuir a construção de barreiras que a sociedade colocar.

Quando começar o "eu quero, eu quero" no décimo par de tênis, vamos olhar juntos. Tem dez pés? Tem 10 momentos do dia em que precisa de 10 pares diferentes? É um exercício. Assim como praticar a democracia dá trabalho, educar para valores dá trabalho.

A consciência alimentar desde cedo é importante. Devemos valorizar hábitos de alimentos saudáveis. Podemos brincar que o corpo humano é uma máquina e mostrar os efeitos de cada alimento. Também ensinar a ler o que está nas embalagens dos alimentos, nos ingredientes, na recomendação diária das doses. O organismo precisa dessas coisas que estão ali? Se os pais não souberem a resposta, devem incentivar a criança a levar a questão para a escola e descobrir com os professores. Um dos gestos pedagógicos mais bacanas é educar para a leitura dos rótulos.

Como alcançar um equilíbrio no consumo?

Estimule a criança a fazer um diário de bordo. O hábito de escrever o que fez hoje pode ser um condutor para essa reflexão sobre se exagerou. A vida é a busca permanente do equilíbrio. Os pais devem instituir práticas que ajudem seu filho a se organizar.

Devemos dar exemplos positivos ou é bom apresentarmos o lado ruim de um consumo errado?

A informação catastrófica imobiliza. A esperança nos mobiliza. O caminho é mais na projeção do que eu quero ser, na autocrítica. Projetar um futuro desejável e ver se estou no caminho para chegar lá. A culpabilidade imobiliza. Por exemplo, na questão da obesidade infantil, o discurso deve levar à conclusão de que, se você experimenta o prazer de um corpo mais leve, sua tendência é se amar mais, se cuidar mais
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No site do Instituto Akatu, há vídeos, dicas de economia na hora do consumo e até um teste sobre seu grau de consciência.
Para maiores informações acessem o site: http://www.akatu.org.br/

Um abraço a todos!!

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