Quem cuida dos bichos também trabalha para incentivar o instinto caçador. Eles escondem a carne para ser procurada e conquistada pelo animal. Entre as oito espécies que vivem no lugar estão a suçuarana, a jaguatirica, a pantera e a pintada.
O Projeto Não Extinção cuida de 28 onças, algo que não é fácil nem barato. São necessários de 45 a 50 quilos de carne por dia, além de leite e ração para os filhotes. “Durante muito tempo era por conta dos donos. Hoje, a gente tem parcerias que possibilitam o nosso crescimento”, diz Rogério Silva de Jesus, gerente da fazenda.
Tudo começou há 11 anos, com a chegada do Pacato, que viveu durante quatro anos em uma gaiola apertada. Aos poucos, o animal se sentiu solitário. Então, os voluntários do projeto pensaram em encontrar uma fêmea. Foi quando a Xuxa chegou à fazenda. “Mas a fêmea era um macho. Esse é um problema raro em felinos, que os testículos não ficam expostos”, explica Jesus.
Para resolver o problema, os voluntários tiveram de encontrar duas fêmeas. Assim, aos poucos a quantidade de onças foi aumentando na propriedade.
Na fazenda há um abrigo construído especificamente para o filhote de onça que chegou ao lugar com comportamento agressivo e que queria caçar a própria comida. Isso significa que o animal tem chance de sobreviver sozinho. Se tudo der certo, após a fase de teste ele poderá ser reintroduzido na natureza.
O Ferinha vive isolado, no meio da mata, em um abrigo de mais de mil metros quadrados, onde caça a própria comido e quase não tem contato com humanos. “A gente vai começar a introduzir pequenas presas e observar o comportamento dele. Se ele conseguir pegar com facilidade os seus bichos, a gente vai tentar reintroduzi-lo”, explica Jesus.
Fonte: G1
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